O ano legislativo de 2015 vai ser de muito trabalho e exigirá da Bancada do PT equilíbrio e paciência no debate para aprovação dos grandes projetos de interesse nacional. A afirmação é do vice-líder do partido, deputado Sibá Machado (AC), após a eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para presidente da Câmara.
Sibá disse que não considera ‘’catástrofe’’ o resultado da eleição para a presidência da Câmara. “ Cunha esteve em campanha durante quatro anos, e o companheiro Arlindo Chinaglia (PT-SP) aceitou o desafio de ser candidato já no final de dezembro”, observou. Ele enfatizou que o PT não se sente derrotado. “Estamos firmes, fortes e unidos na a defesa do parlamento, do nosso projeto de País e da governabilidade”.
Para Sibá Machado, o resultado da eleição é democrático e será respeitado. “Foi um exercício da democracia. Cada parlamentar, cada partido tem o direito de se expressar livremente e o resultado merece e será avaliado”.
O importante, acrescentou Sibá Machado, é trabalhar para que prevaleça na Casa uma agenda de votações que priorize o interesse nacional e as demandas da sociedade e do legislativo. “Não podemos aceitar uma agenda individual, de interesse de um ou outro deputado. A pauta da Câmara deve ser debatida e definida com as lideranças partidárias”, afirmou.
Sib Machado recordou que o PT nunca teve “vida fácil” no Parlamento. “Nem mesmo quando o ex-presidente Lula foi eleito pela primeira vez e a nossa bancada aqui era bem maior”.
Base aliada – O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), disse que não se pode deixar de reconhecer que o bloco liderado pelo partido não teve os votos que queria e afirmou que espera que a base do governo se recomponha após a eleição. “O mais importante é manter o projeto de governo. Para reconstruirmos essa base, é necessário muito diálogo, muita conversa e propostas concretas. Qualquer conversa tem que ser junto com o povo, movimentos sociais, negros e mulheres”, defendeu Vicentinho.
O líder do PT não acredita que a governabilidade do governo Dilma seja prejudicada com a eleição de Eduardo Cunha. “Ele (Cunha) disse que não será oposição”.
PT na Câmara