O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ) destacaram nesta terça-feira (1º) a importância do estreitamento das relações entre o Brasil e a África, um dos pontos centrais da política externa inaugurada pelo PT em 2003, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “As relações são densas e podem ser incrementadas com diferentes projetos de cooperação em áreas como agricultura, saúde e educação”, disse o líder.
As observações de Sibá foram feitas durante encontro com uma delegação de Angola integrada pelo governador da província de Kuando Kubango, Francisco Carneiro, a deputada Ruth Mendes, o embaixador no Brasil, Nelson Cosme, e diplomatas angolanos. Da bancada do PT, além de Benedita, que é presidenta da Frente Parlamentar Mista Brasil-África com Participação Popular de Enfrentamento ao Racismo, também participou o deputado Luiz Sérgio (RJ). O presidente do grupo parlamentar Brasil e Angola, deputado Marcio Marinho (PRB-DF), também esteve presente.
Sibá disse que, a despeito das dificuldades econômicas que o Brasil enfrenta momentaneamente, é possível avançar na realização de projetos com os países africanos, no âmbito da estratégia Sul—Sul defendida pela diplomacia brasileira. Foi com base nessa política que, entre 2003 e 2013, o Brasil realizou mais de 600 projetos de transferência de conhecimento e tecnologia em 43 nações africanas. Em 2002, último ano do governo FHC (PSDB) eram 21 em seis países. Os maiores projetos de cooperação são realizados em conjunto com o Senai, a Embrapa e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Para o governador Francisco Carneiro, o idioma comum é um estimulo a mais para a parceria econômica, comercial e técnica entre Brasil e Angola, além da confiança mútua construída ao longo de 40 anos. Ele lembrou que o Brasil foi o primeiro país a reconhecer a independência de Angola, em 1975.
De 2003 a 2012, o comércio exterior com a África cresceu de US$ 6 bilhões para US$ 26,5 bilhões. No período, pelo menos 500 empresas nacionais se instalaram em países africanos, disputando o mercado com Estados Unidos, Europa e países emergentes como China e Índia.
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Foto: Salu parente/PT na Câmara