Setor produtivo e trabalhadores condenam manutenção da Selic nas alturas

Centrais: os juros no patamar atual sufocam o setor produtivo do país Foto: Pedro Revillion/Palácio Piratini

Entidades representativas do setor produtivo e dos trabalhadores voltaram a criticar o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central após o órgão fazer nova redução da taxa básica de juros (Selic) em apenas 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano, e sinalizar que poderá diminuir ainda mais o ritmo de queda do índice. As críticas são de que o conservadorismo do BC, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, não se justifica em um cenário de bons resultados na economia e de inflação controlada.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), por exemplo, afirmou, em nota, que o corte de 0,5 ponto é insuficiente. Segundo a entidade, a inflação sob controle permite reduções maiores que barateariam o crédito para investimentos e impulsionariam a política de reindustrialização.

LEIA MAIS:

Redução da Selic a conta gotas mantém país com o segundo maior juro real do mundo

A CNI lembra que “o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 5,60% no acumulado em 12 meses até fevereiro de 2023, fechou em 4,50% nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2024, ficando dentro do limite superior da meta de inflação para 2024 (4,5%)”.

“A situação da inflação no Brasil já permite, há algum tempo, uma redução mais intensa dos juros reais. O Copom também tem que considerar em suas decisões o prejuízo que a elevada taxa básica de juros vem provocando à economia”, afirma o presidente da entidade, Ricardo Alban, no comunicado. “A CNI entende que, mantido o cenário de inflação sob controle, é imprescindível uma aceleração no ritmo de redução da taxa Selic já na próxima reunião do Copom”, acrescenta.

Segundo Alban, o arrocho monetário prejudica tanto as empresas quanto os consumidores.

“Nesse cenário, é importante que o Banco Central compreenda a realidade brasileira e dê a sua contribuição para a tão necessária redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores. Sem essa mudança urgente de postura, fica mais difícil avançar na agenda de neoindustrialização, o que, consequentemente, anula oportunidades de mais prosperidade econômica para o país”, enfatiza o presidente da CNI.

LEIA MAIS:

Copom volta a reduzir a Selic em apenas 0,5 p.p e compromete ritmo de retomada da economia

Já a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) pediu que o BC não mexa no ritmo dos cortes e mantenha a redução de 0,5 ponto nas próximas reuniões. No comunicado emitido logo após a reunião de quarta-feira (20), o Copom informou que pretende fazer apenas um corte adicional de 0,5 ponto em maio, indicando que deve interromper o ciclo de reduções dos juros em junho.

“Essa queda de 0,5 ponto percentual precisa ser mantida nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária, haja vista que a economia e, sobretudo, a indústria seguem sofrendo os efeitos da taxa ainda elevada. O resultado negativo da produção industrial em janeiro reflete bem esse cenário”, destaca a entidade, em nota.

LEIA MAIS:

“Campos Neto quer submeter o país a uma ditadura monetária”, diz Gleisi

Centrais sindicais

Embora tenham indicado que os cortes estão na direção certa, as entidades de trabalhadores também criticaram o conservadorismo do Banco Central e alertaram que o nível da Selic ainda está elevado, mantendo o Brasil com o segundo maior juro real do mundo, de 5,90%. Segundo as centrais, isso encarece o crédito, sufoca a capacidade de investimento no país e prejudica a recuperação da economia.

“Não há o que comemorar, pelo contrário. Simplesmente significa que o Banco Central está praticando uma política monetária prejudicial ao desenvolvimento do país há anos. Porque, mesmo tendo chegado ao menor nível em dois anos, o índice ainda é alto e trava a economia brasileira”, destaca, em nota, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Juvandia Moreira.

Assista à série Banco Central de Bolsonaro: o sabotador da economia

Para a Força Sindical, a queda da Selic em 0,5 ponto é tímida e insuficiente para aquecer o consumo, gerar empregos, melhorar o Produto Interno Bruto (PIB) e distribuir renda. “Um pouco mais de ousadia traria enormes benefícios para o setor produtivo, que gera emprego e renda e anseia há tempos por um crescimento expressivo da economia. É um absurdo esta mesmice conformista dos tecnocratas do Banco Central”, critica, em um comunicado, o presidente da Força, Miguel Torres.

PTNacional

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100