Setor de serviços cresce mais que a média da economia, constata IBGE

peugenio_O setor de serviços cresceu a taxas superiores às da economia em 2008. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 5,1%, os serviços não financeiros registraram aumento de 18,8% na receita operacional líquida, que saiu de R$ 572 bilhões em 2007, para R$ 680 bilhões em 2008, o que representou um crescimento real de 13,1%, descontada a inflação do período.

Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2008, divulgada nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o trabalho, o Brasil tinha 879.691 empresas de serviços em 2008, um aumento de 10% em relação a 2007 (793.928 empresas), excetuando as ligadas à área financeira. O setor era responsável, dois anos atrás, pela geração de 9,23 milhões empregos, contra 8,37 milhões em 2007, um ganho de 860 mil vagas.

Na avaliação do deputado Pedro Eugênio (PT-PE), integrante da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, o crescimento do setor de serviços é o reflexo das políticas econômicas vigorosas que o governo Lula adotou. “Foram políticas que aumentaram o poder de compra do brasileiro, incluíram as camadas menos favorecidas que estavam fora do mercado de consumo e fortaleceram o nosso mercado interno”, explicou o deputado. Ele lembrou ainda que, por essas ações, o país passou com uma certa tranquilidade pela crise financeira mundial. “E, com um mercado interno aquisitivo, o setor de serviços se manteve em crescimento”, acrescentou.

Pedro Eugênio mencionou ainda que o setor de serviços vem crescendo porque foi beneficiado pela reforma tributária específica do setor, se referindo à aprovação do Simples Nacional. “A política de redução e simplificação dos tributos para as micros, pequenas e médias empresas influenciou positivamente o setor de serviços, que pode crescer a taxas superiores ao da nossa economia”, concluiu.

Destaque – O segmento que mais se destacou foi o de serviços de informação e comunicações, que abrange telecomunicações, tecnologia da informação, serviços audiovisuais, edição, agências de notícias e serviços de informação.

Em 2007, o segmento empregava 687 mil trabalhadores, passando para 726 mil no ano seguinte, com a criação de 39 mil vagas. A receita com serviços de informação e comunicação em 2008 foi de R$ 203,5 bilhões, representando 29,9% do total ante R$ 178,1 bilhões em 2007 – crescimento de 14,2%.

O setor que registrou o maior número de pessoas empregadas foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, que absorveu 39,5% do total do pessoal empregado, ou 3,6 milhões de pessoas. Da mesma forma, foi o que obteve a maior massa salarial, com R$ 44 bilhões, contra R$ 22 bilhões do setor de serviços de informação e comunicação que, entretanto, registrou a maior média salarial: 7,4 salários mínimos.

EI, com Agência Brasil

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