A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) posicionou-se, nesta terça-feira (23), no plenário do Senado, contrariamente à tramitação, em caráter de urgência, do projeto de Lei 131/15, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que permite uma maior participação de empresas multinacionais na exploração do pré-sal brasileiro. Segundo a senadora, não existe motivos para acelerar o processo de novos leilões no Brasil. “Não adianta votar o projeto de afogadilho; que ele volte para as comissões”, ressaltou a senadora.
Ela também quer saber por que o senador José Serra quer acelerar os novos leilões do pré-sal, já que, para ela, a abertura de novos leilões, neste momento, significa entregar o futuro do pré-sal brasileiro para as empresas internacionais e tirar a Petrobras da operação. “No Brasil, os próximos leilões ocorreram apenas no final de 2017. Além disso, nós temos 14 anos de reservas atuais da Petrobras e não existe a necessidade de ter novas reservas no curto prazo. Abrir as reservas do pré-sal com petróleo baixo é entregar os potenciais de riqueza do nosso país a preços muito irrisórios”, enfatizou a senadora.
Fátima associou-se a outros senadores que se posicionaram contrários não só ao projeto, como a sua tramitação em caráter de urgência. “A bancada do Partido dos Trabalhadores é frontalmente contrária ao mérito do projeto do Senador Serra porque nós entendemos que o mais adequado hoje para atender aos interesses nacionais é manter a atual lei que trata do marco regulatório da exploração do pré-sal”, ressaltou. A senadora enfatizou que a mudança prejudicaria inclusive a área de educação que, por lei, receberá recursos do pré-sal”.
(AP)