A questão agrária brasileira será discutida em seminário, em Brasília, nos dias 10 e 11 de dezembro. O evento, que tem como objetivo apontar os desafios e formular propostas para o setor agrário na atualidade, como as suas repercussões econômicas e sociais para o País, contará com a participação dos ministros Miguel Rosseto (Desenvolvimento Agrário) e Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência da República).
O primeiro painel, marcado para o dia 10, às 9h30, tem como tema o movimento social por terra, trabalho e teto. Serão analisadas as recentes manifestações da igreja sobre a reforma agrária no Brasil e em outros países, com a percepção sobre os temas por parte do atual governo brasileiro. O secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Leonardo Steiner, e o coordenador nacional do MST, João Pedro Stedile, e o ministro Gilberto Carvalho serão expositores.
As políticas agrárias adotadas recentemente no País serão discutidas no segundo painel, marcado para as 14h, com a apresentação do ministro Miguel Rosseto. Em seguida, às 15h, acontece o terceiro debate, que vai tratar dos clamores sociais e as questões territoriais, com depoimento de representantes dos segmentos sociais afetados pela expansão das grandes explorações econômicas nas áreas rurais brasileiras.
O segundo dia de seminário começa às 9h, com o painel sobre a questão agrária e as desigualdades. Guilherme Delgado, da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), será um dos expositores.
Os desafios e a proposta para o enfrentamento da problemática agrária serão discutidos no último painel, marcado para às 14h. Coordenado por Newton Gomes, da Abra, o objetivo é sintetizar as exposições e debates anteriores para apontar os desafios e as principais ações para a política agrária brasileira.
O evento será realizado no Hotel Nacional e é organizado pela CNBB, MST, Abra e pela Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP). O seminário conta ainda com o apoio da organização não governamental Oxfam, que desenvolve ações de combate à pobreza no mundo.
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