Sem apoio popular e afundado em corrupção, governo Temer derrete a cada dia, diz líder do PT

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O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), avaliou nesta segunda-feira (20) que o governo golpista de Michel Temer “derrete mais a cada semana”, a partir de suas medidas impopulares, de seus ataques aos direitos dos brasileiros e das denúncias de corrupção que atingem sua cúpula golpista. “Temer faz uma política de terra arrasada nos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, disse Florence em entrevista ao PT na Câmara.

Sem apoio popular e afundado em corrupção, o governo conspirador de Temer, segundo o líder petista, está sustentado unicamente pelos setores da classe dominante que querem impingir derrotas nos direitos trabalhistas e sociais. Diante desse cenário, Florence prevê uma reação cada vez maior da classe trabalhadora. “O PT e os demais partidos de esquerda estarão juntos nessa resistência”.

Ele lembrou que o próprio presidente interino é alvo de denúncias. O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em acordo de delação premiada, disse ter recebido de Temer um pedido de R$ 1,5 milhão para financiar de maneira ilegal a campanha de Gabriel Chalita, então candidato à prefeitura de São Paulo.  “Há denúncias contundentes contra Temer. Obviamente cabe direito de defesa, mas Sérgio Machado parece ter feito uma delação com robustez de provas”.

Florence lembrou que o “ardiloso e traiçoeiro golpe” ficou revelado nas gravações de conversas entre Sérgio Machado e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), quando ficou demonstrada a intenção de derrubar a presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, com o objetivo de parar as investigações da Operação Lava-Jato. “As gravações puseram a nu a natureza do golpe. Foi uma atitude contra a vontade popular, um golpe contra os direitos econômicos e sociais do povo brasileiro, e em especial uma tentativa de golpe contra as instituições que investigam a corrupção no Brasil”.

Eduardo Cunha – O líder Afonso Florence falou ainda da situação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está afastado de suas funções de deputado e de presidente da Câmara, e é alvo de um processo de cassação. Após a derrota de Cunha no Conselho de Ética na semana passada, que votou favorável a sua perca de mandato, ele sofreu novo revés no início desta semana. O presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), retirou nesta segunda-feira, da Comissão de Constituição e Justiça, a consulta sobre o rito de afastamento que seria uma nova trincheira na Câmara para blindar Cunha. 

Segundo o líder petista, Waldir Maranhão já vinha cogitando retirar a consulta na CCJ, e, a decisão do Conselho de Ética, pode ter precipitado sua decisão. “Se a consulta fosse mantida, permitiria Eduardo Cunha manipular ali para postergar ou até para minimizar sua pena. O deputado Artur Lira [relator da consulta na CCJ] já apresentou relatório não permitindo o agravamento da pena, invertendo os parâmetros atuais. Ele teria que apresentar novo relatório autorizando a redução de pena. Essa seria a estratégia de Cunha. Por isso, a retirada da consulta foi muito importante”, analisou Florence.

Assista entrevista aqui.

PT na Câmara

Foto: Divulgação

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