Foto:Lucio Bernardo Jr. – Câmara dos Deputados
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, fez uma defesa, nesta quinta-feira (18), da política fiscal do governo da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, a redução da meta de superávit primário e a mudança no cálculo do resultado, sancionadas nesta semana, decorreram da decisão do governo de manter os gastos sociais, principalmente com saúde e educação, e com investimentos públicos.
A meta de superávit foi reduzida em novembro de R$ 80,8 bilhões, anunciada em fevereiro, para R$ 10,1 bilhões. “Se não fizermos isso nos anos difíceis, a retomada depois será muito mais complexa”, disse, em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Ele ressaltou que poucos países integrantes do G20, que reúne as maiores economias do mundo, conseguirão fechar o ano com superávit primário. Augustin apresentou uma planilha aos deputados e senadores mostrando que economias como Japão, Reino Unido e Estados Unidos acumulavam, até outubro, déficit primário em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 6,3%, 3,5% e 3,4%, respectivamente. O Brasil, segundo ele, obteve superávit de 0,2% no mesmo período.
“Situação primária alta não é a norma no mundo. Poucos países têm primário nessa situação de dificuldades internacionais, fortes e elevadas”, alegou.
Agência Câmara