“Se Senado não corrigir Código Florestal, veto de Dilma tem que ser total”, diz Dr. Rosinha

drrosinha_janinemoraes2O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) defendeu nesta quarta-feira (25) que a presidente Dilma Rousseff (PT) decida pelo veto integral ao texto que revoga o atual Código Florestal, aprovado ontem à noite pelo plenário da Câmara dos Deputados.

 

“Não há meio-termo. Se o Senado não corrigir o texto do Aldo Rebelo, o veto de Dilma ao novo Código Florestal tem que ser total”, afirma Dr. Rosinha. “A maioria dos artigos do projeto está interligada, não há como vetar apenas alguns deles de forma isolada.”

O texto-base do relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP) foi aprovado por 410 votos a 63. Dos votos contra o novo código, 35 (55,6%) foram de deputados do PT, entre eles o de Dr. Rosinha.

A bancada petista votou em bloco contra a emenda 164, que permite a governos estaduais anistiar desmatadores. Ela foi aprovada por 273 votos a 183. “A anistia a desmatadores não é uma vergonha nacional, é uma vergonha mundial”, declarou Dr. Rosinha ainda durante a votação, em sua conta no twitter.

Para Dr. Rosinha, a maioria dos parlamentares demonstrou irresponsabilidade ao aprovar a matéria. “Não tiveram a responsabilidade de olhar para o futuro, para as próximas gerações. Só olharam para os interesses dos grandes fazendeiros, do agronegócio.”

O deputado do PT também observa que a própria produção de alimentos é ameaçada com as mudanças. “O texto permite uma devastação maior, o que afeta a biodiversidade e, por consequência, a própria produção agropecuária, que depende do ciclo de chuvas, da proteção do solo, da polinização, do controle natural de pragas, enfim, de uma série de fatores ambientais”, observa Dr. Rosinha.

Ex-presidente do Parlamento do Mercosul, Dr. Rosinha vê inclusive um impacto negativo na imagem do Brasil perante a comunidade internacional. “Há algumas semanas estive no Parlamento Europeu, e em todas as audiências o tema produção de alimentos e da proteção ao meio ambiente sempre esteve em pauta”, revela. “Esse novo código depõe contra a imagem da política ambiental do Brasil no mundo, e pode vir a ser uma nova barreira para as negociações agrícolas internacionais.”

Assessoria Parlamentar

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