Se quiserem reformar a Previdência, que seja com justiça social, desafiou Teixeira

Em discurso contundente, na tribuna da Câmara, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) criticou a destruição dos direitos previdenciários que o governo ilegítimo de Michel Temer quer fazer. “É a destruição dos direitos previdenciários porque se nós quisermos discutir seriamente uma Reforma Previdenciária, nós temos que discutir as desonerações previdenciárias que foram dadas a inúmeros segmentos empresariais brasileiros”, afirmou.

Paulo Teixeira disse que para ser uma reforma verdadeira é preciso discutir a pejotização do mercado de trabalho, que diminui a contribuição previdenciária dos setores de maior remuneração. “Nós temos que discutir as bondades que este Parlamento concedeu a inúmeros setores empresariais, à micro e pequena empresa, e às entidades de inumerável natureza” enfatizou.

E foi taxativo: “Não podemos aceitar que o equilíbrio previdenciário seja tentado a partir da retirada dos direitos dos trabalhadores mais pobres; nem do trabalhador rural que trabalha debaixo de sol, que acorda na madrugada, que mexe com insumos venenosos, que tem uma expectativa de vida menor do que o restante dos brasileiros; nem tampouco do trabalhador urbano que pega no pesado, que tem doenças funcionais porque trabalha com empilhadeira, porque carrega peso, como os trabalhadores portuários ou da construção civil”.

O deputado do PT de SP disse ainda que não se pode tirar direitos de mulheres que já ganham menos do mercado trabalho, que têm mais tempo de desemprego e que têm dupla ou tripla jornada na sociedade brasileira.

“Portanto, este governo não quer fazer uma Reforma Previdenciária. Este governo quer favorecer os bancos, quer favorecer os fundos privados de Previdência, quer favorecer os privilegiados do País”, denunciou.

Se quiserem fazer uma Reforma Previdenciária, desafiou Paulo Teixeira, “que coloquem honestamente os números na mesa”, e acrescentou que é fundamental que a reforma seja feita com se justiça social. “Se quiserem fazer uma reforma eles não podem atacar o setor público da maneira que atacam sem mexer nos privilégios da sociedade. E os privilégios, lamentavelmente, estão intocados por este governo ilegítimo, cujo comando está nas mãos dos bancos, da Previdência privada, dos grandes fundos de pensão e dos grandes financistas deste País”.

Paulo Teixeira concluiu afirmando que o País não vai à bancarrota em 2030 como o governo Temer apregoa caso não se aprove a reforma. “Não vai, não! Será eleito um governo popular em 2018, capaz de reverter essa violência que se faz à Previdência. É por isso que nós vamos, no mês de janeiro e no mês de fevereiro, organizar o povo brasileiro. Não vamos permitir a destruição dos direitos previdenciários do trabalhador brasileiro”.

Vânia Rodrigues

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