O Ministério da Saúde publicou, nesta segunda-feira (30), portaria no Diário Oficial da União (DOU) que autoriza a utilização do medicamento rituximabe para o tratamento de linfoma não Hodgkin de células B, folicular, CD20 positivo, em 1ª e 2ª linha no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os resultados dos estudos primários revelam que o uso do rituximabe esteve associado, significativamente, em todos os estudos, ao aumento da probabilidade de sobrevida livre de eventos e de sobrevida global.
Linfoma não Hodgkin
Os linfomas não Hodgkin (LNH) são um grupo heterogêneo de tumores malignos, caracterizados por crescimento anormal das células do sistema linfático. De acordo com o REAL (Revised European-American Lymphoma), os LNH são classificados como indolentes, com curso clínico lento e progressivo por vários anos ou agressivos, de evolução rápida, os quais, se não tratados, podem ser fatais em alguns meses.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o número de casos de LNH praticamente duplicou nos últimos 25 anos, particularmente entre pessoas acima de 60 anos. Dados disponíveis no DATASUS revelam que no período de janeiro de 2008 a agosto de 2009, o LNH apresentou uma taxa de mortalidade de 10,49%, sendo responsável por 1.667 óbitos.
Expansão da assistência
O investimento do Ministério da Saúde na assistência aos pacientes com câncer foi de R$ 2,1 bilhões no ano passado. Com o aumento dos recursos, foi possível ampliar a rede de assistência à doença no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, 277 hospitais realizam diagnóstico e tratamento de câncer em todo o Brasil, sendo que 11 deles foram habilitados neste ano.
Em dois anos, o número de sessões de radioterapia realizada na rede pública aumentou 17%, ultrapassando nove milhões de procedimentos em 2012. Esse índice deverá crescer ainda mais com a compra de 80 aceleradores lineares que serão entregues a 63 municípios. Os novos aparelhos de radioterapia, cujo investimento por parte do Ministério da Saúde foi de R$ 500 milhões, resultará em uma expansão de 25% na oferta do tratamento.
Também houve aumento no acesso à quimioterapia. Em 2012, o número de sessões realizadas foi 15% maior que o total dois anos atrás. Este avanço foi acompanhado da incorporação, a partir de 2011, de novos medicamentos no SUS para o tratamento de câncer, como o mesilato de imatinibe (contra leucemia), o rituximabe (linfomas) e trastuzumabe (mama). Somente neste último, o investimento anual na oferta do produto é de R$ 130 milhões por ano.
Na detecção precoce do câncer de mama, houve um aumento de 30% no número de exames preventivos realizados por mulheres que estão dentro da faixa etária prioritária (50 a 69 anos). Foram mais de 2,3 milhões de mamografias em 2012. Considerando todas as idades, o crescimento foi de 25%.
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