A Comissão de Seguridade Social e Família debateu nesta quinta-feira (24) a inclusão de práticas integrativas e complementares, em especial, a meditação, em programas educativos em unidades de saúde para o público infanto-juvenil, com o objetivo de uma melhor qualidade de vida.
O deputado Ságuas Moraes (PT-MT), médico pediatra, alertou no debate a importância de se praticar a meditação nos dias atuais. “ Vivemos em uma sociedade extremamente consumista, não importa a idade. A meditação vem para nos ajudar a pensar e a desacelerar os processos de frustação que vem se tornando tão constantes, que acabam desencadeando a depressão, o estresse, a insônia, dentre outros problemas”, explicou.
No primeiro semestre deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS) oficializou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, que é contemplada e desenvolvida por meio de ações integradas de caráter interdisciplinar, entre as quais se incluem a medicina tradicional chinesa, a homeopatia e a medicina antroposófica, os recursos terapêuticos como a fitoterapia, as práticas corporais e meditativas, e o termalismo-crenoterapia, entre outras terapias.
Segundo Ságuas, a sociedade vem colocando uma carga de tensão muito pesada em cima dos jovens. “Nós conquistamos mais qualidade de vida, mas ao mesmo tempo perdemos. A questão do avanço da tecnologia é boa, mas acabou por deixar-nos mais frustrados. É importante a inclusão das práticas meditativas no sistema de educação e saúde”, disse. O parlamentar lembrou ainda que é necessário fortalecer os laços humanos, já que estamos perdendo essa relação em um ritmo muito acelerado.
Layla Andrade (estagiária)