Ságuas alerta para injustiça e disparidade em processos envolvendo Dilma e Cunha

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O deputado Ságuas Moraes (PT-MT) fez um alerta no plenário da Câmara acerca da forma seletiva e injusta com que parlamentares estão conduzindo o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo, da maneira complacente e permissiva como estão dando seguimento ao processo de cassação do ex-presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Ságuas lembrou que o processo contra Dilma avança sem que haja crime de responsabilidade, já que o próprio Ministério Público Federal disse, em suas avaliações, não haver crime. “Portanto, vamos nos utilizar de um expediente legal para fazer um julgamento ilegal de uma presidenta que não cometeu crime”, reiterou o petista.

Ele ressaltou os acordos travados às escondidas para paralisar a Operação Lava-Jato, já que ela poderia alcançar e incriminar muitos deputados e senadores. Segundo Ságuas, o temor de ser alvo da operação contribuiu para que muitos parlamentares votassem a favor do impeachment de Dilma Rousseff, já que a presidenta em momento algum interveio nas investigações.

“Nós, do Partido dos Trabalhadores, vamos até o fim protestar contra essa irresponsabilidade que a Câmara dos Deputados fez num primeiro momento e, agora, o Senado Federal vai fazer. É uma injustiça contra a Presidenta, que teve o voto de 54 milhões de brasileiros. Enquanto o senhor Eduardo Cunha, cujos crimes já estão comprovados, que tem vários processos no STF, nós aqui, na Câmara dos Deputados, não somos capazes de fazer a votação do processo de sua cassação”, disse.

Ságuas Morais destacou ainda que o processo de cassação de Cunha foi o que mais tempo durou no Conselho de Ética. “Não tivemos nenhum processo com duração superior a quatro meses e meio, mas o processo no Conselho de Ética do senhor Eduardo Cunha durou nove meses. Esse processo na Comissão de Constituição e Justiça durou mais de um mês. O processo está pronto para ser votado há quase um mês, e ainda não temos a manifestação do presidente desta Casa, deputado Rodrigo Maia, no sentido de votar o processo o mais rapidamente possível. E está programado para o dia 12 de setembro, uma segunda-feira, de difícil quórum nesta Casa”, protestou.

Ao fim do discurso, o petista conclamou todos os parlamentares para somarem forças no sentido de pedir ao presidente da Câmara para pautar o quanto antes a cassação de Eduardo Cunha. “Este sim tem crime comprovado, este sim precisa ser cassado, precisa ser banido da política”.

PT na Câmara

Foto: Gustavo Bezerra
Mais fotos: www.flickr.com/photos/ptnacamara

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