Alcançando um recorde histórico, o Brasil vai colher 210,5 milhões de toneladas de grãos na safra 2015/2016, apontam os mais recentes estudos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa 1,4% a mais do que a safra anterior, com aumento de 2,8 milhões de toneladas. A estimativa atualizada foi divulgada nesta terça-feira (12) e está presente no 4º levantamento da safra 2015/2016 da Conab, disponível para consulta na internet. Com a presidenta Dilma, o Brasil alcançou a sua primeira safra com mais de 200 milhões de toneladas, com 208,5 milhões na colheita de 2014/2015, e agora supera esse número.
A soja é o principal destaque, com crescimento de 6,1% na produção total, passando de 96,2 para 102,1 milhões de toneladas. Segundo a Conab, a alta foi impulsionada pelos preços no mercado mundial. O maior produtor da oleaginosa é o Estado de Mato Grosso, com 28,3 milhões de toneladas, o que representa cerca de 28% da safra nacional. Em segundo lugar, fica o Paraná, com 18,5 milhões de toneladas.
A primeira safra de milho, entretanto, apresenta uma redução de 7,7% na produção, passando de 30,1 para 27,8 milhões de toneladas. Na coleta de dados para a realização do levantamento, a Conab apurou que os produtores têm preferido utilizar a terra para plantar soja. Com isso, após a colheita da soja, deverão apostar na segunda safra de milho.
A estimativa de área plantada no Brasil totaliza 58,5 milhões de hectares, com aumento de 0,9% sobre a safra passada, que foi de 57,9 milhões de hectares. Esse fator deve-se unicamente ao crescimento de 3,5% (1,1 milhão ha) da área de soja. Sozinha, a cultura da soja é responsável por mais de 56% da área cultivada do País. As outras culturas apresentaram decréscimo na área de plantio, com exceção da mamona, que teve um crescimento significativo de 56,4%, passando de 82,1 mil para 128,4 mil hectares.
Neste levantamento foram contempladas as culturas de algodão, amendoim primeira safra, arroz, feijão primeira safra, milho primeira safra e soja. Essas culturas se encontram nas fases de conclusão do plantio em algumas regiões, (soja no “Matopiba”, que compreende áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) ao início de colheita (feijão primeira safra na Região Sul). Ao total da área estimada somam-se às culturas citadas acima, as de segunda safra (amendoim, feijão, girassol, mamona, milho e sorgo), terceira safra (feijão) e as de inverno (aveia, canola, centeio, cevada, trigo e triticale).
Os dados necessários para a preparação do 4º levantamento da safra 2015/2016 foram coletados entre os dias 13 e 19 de dezembro. Durante o estudo, foram levantadas informações sobre área plantada, produção, produtividade, evolução do desenvolvimento das culturas, pacote tecnológico utilizado pelos produtores, entre outros fatores.
O trabalho é fruto de parceria da Conab com agrônomos, técnicos do IBGE, cooperativas, secretarias de agricultura, órgãos de assistência técnica e extensão rural (oficiais e privados), agentes financeiros e revendedores de insumos, que subsidiam os técnicos da estatal com informações pertinentes aos levantamentos.
Confira a evolução da safra brasileira ao longo das últimas duas décadas.
ANO | SAFRA (milhões de toneladas) |
1994/1995 | 81,1 |
1997/1998 | 76,6 |
2001/2002 | 96,8 |
2005/2006 | 122,5 |
2009/2010 | 149,2 |
2013/2014 | 193,6 |
2014/2015 | 208,5 |
2015/2016 | 210,5 |
Fonte: Portal Brasil, com informações da Conab