O “like” no meu tweet “Fora Temer!” que o presidente usurpador ou alguém em seu nome espalhou semana passada pelas redes sociais foi alvo de ironias generalizadas, propiciou memes variados, mas nenhum desmentido. Na prática, foi um reconhecimento premonitório do que estampariam em seguida as pesquisas do Ibope/CNI, refletindo a impopularidade avassaladora do personagem e o desejo da população de vê-lo pelas costas, renunciando a um governo que, além de ilegítimo, devasta o País com uma conjugação de recessão, desemprego e empobrecimento inauditos.
Como foi dito, a pesquisa foi realizada antes mesmo que surgissem as novas denúncias de corrupção envolvendo o próprio golpista e sua turma de apaniguados-hóspedes do Palácio do Planalto. Por isso mesmo, a turma do impeachment apressou-se em desconsiderar os depoimentos de executivos da Odebrecht, ao mesmo tempo em que impedia a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, de emenda propondo eleições diretas para os casos de afastamento do presidente até 3 anos e meio do mandato. Ou seja, a emenda altera a regra atual que permite eleição indireta no caso, por exemplo, de Temer vir a ser cassado ano que vem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Tudo indica que, com a PEC 55, o projeto de reforma da Previdência e mesmo com os paliativos apresentados por Henrique Meirelles semana passada, a vida só vai piorar, reforçando a urgência de trocar o governo. Em sintonia com o sentimento da maioria da população, para recuperar a democracia violentada pelo golpe e para retomar o crescimento econômico com distribuição de renda, geração de empregos e inclusão social, ‘Diretas’ o quanto antes!
Rui Falcão é presidente nacional do PT
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