Rui Falcão defende amplo direito de defesa de André Vargas sem “linchamento”

REUNIAORUIFALCAO-23-04-14

FOTO: GUSTAVO BEZERRA/PT NA CÂMARA

A coordenação da Bancada do PT na Câmara se reuniu nesta quarta-feira (23) com o presidente nacional do partido, Rui Falcão, para discutir a conjuntura política do País.

“Teremos o encontro nacional nos dias 1º e 2 de maio, no qual vamos participar com a disposição de  prosseguir com o nosso projeto político, de apontar como queremos o Brasil do futuro e de mostrar como a presidenta Dilma e o nosso governo mudaram o País”, afirmou Rui Falcão.

A situação do deputado André Vargas (PT-PR) – que renunciou à Vice-Presidência da Câmara para responder a um processo disciplinar no Conselho de Ética da Casa – também foi discutida na reunião. “Um episódio como esse transcende as eleições e a nossa preocupação não é com resultado eleitoral, mas com a própria vida do André (Vargas)”, explicou Rui Falcão.

Questionado pela imprensa sobre a possibilidade de renúncia do deputado André Vargas, Rui Falcão disse que é importante que ele (Vargas) possa ter amplo direito de defesa, “mas sem o linchamento, como às vezes muita gente pretende”.  O presidente do PT também reafirmou que pessoalmente é a favor da renúncia. “O André, em benefício dele e do PT deveria renunciar. E, caso isso aconteça, não faz sentido o Conselho de Ética prosseguir com qualquer processo, uma vez que ele não será mais deputado”, argumentou.

Rui Falcão entende, no entanto, que essa é uma decisão personalíssima. “A gente não pode votar isso. Nenhum partido, nenhuma bancada pode, mas é um pedido que tenho feito a ele e que tenho reiterado”, acrescentou.

Unidade Já o líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), disse que existem dúvidas na bancada sobre a renúncia do deputado André Vargas. “A bancada está unida no que diz respeito ao direito de defesa do André (Vargas); está unida no sentido de que a verdade tem que ser sempre a vencedora, mas existem dúvidas no que diz respeito a se ele deve ou não renunciar”, explicou.

O presidente do PT fez questão de enfatizar que há liberdade de opinião dentro do PT. “As divergências de pensamentos existem porque no PT há liberdade de opinião, assim como a gente defende, com todo rigor, que se amplie a liberdade de expressão e de opinião para a sociedade, inclusive no cumprimento da Constituição Federal que proíbe o monopólio e o oligopólio das comunicações”, frisou.

Vice-Presidência Sobre o substituto do deputado André Vargas na Vice-Presidência da Câmara, Rui Falcão explicou que como se trata de um mandato “tampão”, a bancada vai tentar construir  uma unidade em torno do nome. “Mas, se não for possível, as disputas no partido são legítimas. Acabamos de fazer um PED (Processo de Eleição Direta) que teve seis candidatos para a presidência do partido”, exemplificou. A orientação, segundo Rui Falcão, é que se faça a escolha nos termos de disputa política e em clima de fraternidade. “E que, acima de tudo, apurado resultado que haja unidade de ação da bancada”, concluiu.

Petrobras O presidente Rui Falcão também foi questionado pela imprensa sobre a Petrobras e os pedidos de explicação sobre Pasadena. Ele disse que os esclarecimentos são importantes para evitar as manipulações “que veem sendo feitas por setores da oposição e parte da mídia monopolizada”. Ele afirmou ainda que os que querem a CPI da Petrobras  “são os mesmos grupos e setores da oposição que quiseram vender a empresa no governo Fernando Henrique Cardoso. “São os mesmos que foram contra o pré-sal, que foram contra o regime de partilha, que pregam medidas impopulares e que continuam querendo enfraquecer a Petrobras”, criticou.

Vânia Rodrigues

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