Para o presidente nacional do PT, Rui Falcão, a Operação Lava-Jato tem criado um Estado de exceção dentro do Estado democrático de direito. A declaração foi feita nesta sexta-feira (24), na abertura do seminário “O que a Lava-Jato tem feito pelo Brasil”, organizado pelo Diretório Nacional do PT.
Rui Falcão afirmou que ninguém tem combatido tanto a corrupção no Brasil quanto o PT, dentro e fora do governo. Ele ressaltou, no entanto, que esse combate tem que ser feito em obediência às leis e a preceitos fundamentais.
“É preciso alertar o País dos danos que tem sido causados à economia, aos trabalhadores e do atropelo de direitos fundamentais, que tem instaurado um Estado de exceção dentro do Estado democrático de direito”, afirmou Falcão, sobre os abusos cometidos pela Operação Lava-Jato.
Ele destacou a condução coercitiva do jornalista Eduardo Guimarães. Para ele, essa condução coercitiva é uma maneira de criar um pretexto de uma nova ação contra o presidente Lula sobre o pretexto da obstrução de justiça. “É uma justificativa para a opinião pública do fracasso de todas as investigações contra o ex-presidente Lula”, disse. Além disso, a condução foi um ataque à liberdade de expressão.
Rui Falcão lembrou que nesses dois anos, vasculharam a sua vida e de seus familiares sem encontrar nenhuma prova material em relação à operação da Petrobras, porque elas não existem.
“Seria uma maneira de (a Lava-Jato) dizer que não existem provas porque elas teriam sido destruídas antecipadamente quando avisadas da condução coercitiva”, explica. Guimarães antecipou a quebra do sigilo fiscal antes da condução de Lula, lembra Falcão.
“Prisões arbitrárias, demoradas, prisões sem provas, como as dos companheiros João Vaccari Neto, José Dirceu e Antonio Palloci, com a qual nos solidarizamos publicamente e clamamos pela sua liberdade”, afirmou.
O presidente do PT finalizou o seu discurso com a frase do Livro de Amos: “Hai de quem faz do direito uma amargura e a Justiça joga no chão”.
Da Redação da Agência PT de Notícias