Em texto publicado no blog da presidenta eleita Dilma Rousseff, o ex-ministro do Trabalho e Previdência Social Miguel Rossetto comenta matéria do jornalista Fernando Brito em que ele lança a campanha “Não vai ter férias, vai ter luta”. Rossetto diz concordar com a urgência de as ruas serem tomadas pela população, reforçando que trabalhadores e trabalhadoras não podem esperem passar o carnaval para expressar reação contra a onda conservadora e destrutiva do governo golpista de Michel Temer.
Rossetto chama atenção, sobretudo, à reforma da Previdência que já tramita no Congresso Nacional e diz que o momento é de denunciar, resistir e ampliar a luta. “No calendário dos golpistas, o usurpador Temer calcula aprovar o projeto no final do primeiro semestre de 2017. O povo brasileiro vai precisar trabalhar 49 anos para ganhar um salário integral. Enquanto isso, o presidente ilegítimo se aposentou com 55 anos e, conforme noticiou a imprensa, o Ministro da Fazenda recebe R$ 250 mil a título de aposentadoria”, protesta Rossetto.
Veja abaixo a íntegra do comentário do ex-ministro, bem como os links para outros textos citados por ele:
“No Tijolaço, o jornalista Fernando Brito lançou a campanha ‘Não vai ter férias, vai ter luta’. Concordo com ele: não dá mesmo para esperar depois do carnaval para ir às ruas contra a degola da aposentadoria. ‘Se falharmos nisso, estaremos falhando com nossos filhos e nossos netos, estaremos condenando-os à escravatura’, alerta Brito.
No calendário dos golpistas, o usurpador Temer calcula aprovar o projeto no final do primeiro semestre de 2017. O povo brasileiro vai precisar trabalhar 49 anos para ganhar um salário integral. Enquanto isso, o presidente ilegítimo se aposentou com 55 anos e, conforme noticiou a imprensa, o Ministro da Fazenda recebe R$ 250 mil a título de aposentadoria. Assim, é fácil propor a exigência 49 anos de trabalho para o resto da população brasileira.
Com essa proposta é impossível negociar. Ela destrói, de fato, o direito previdenciário. E é cruel com os mais pobres, pois acaba com a vinculação do salário mínimo ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e amplia a idade de acesso ao benefício para 70 anos. Atinge, assim, justamente os mais pobres e fragilizados: os idosos e as pessoas com deficiência.
Comentei em artigo publicado no Brasil 247 que este é um momento de denunciar, de resistir, de ampliar a unidade política e social para a luta. É preciso organizar comitês municipais unitários para informar e organizar a resistência. É possível e necessário derrotar estas propostas. É possível e necessário derrotar o golpista Temer e seus aliados.”
PT na Câmara com dilma.com.br e Tijolaço