A deputada Maria do Rosário (PT-RS) elogiou em pronunciamento no plenário iniciativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que realiza há 12 anos o projeto Mapear, que identifica os pontos de risco para a população infantojuvenil nas rodovias do país. “Esse é um importante trabalho realizado pela Polícia Rodoviária Federal atendendo, inclusive, a sugestões construídas na Câmara e no Senado, quando trabalhamos na CPI Mista da Exploração Sexual”, disse.
A parlamentar petista destacou dados do projeto Mapear, edição 2013/2014, divulgados nesta semana, que revelam redução nos pontos considerados críticos. “Houve redução de 40% nos pontos considerados críticos que são aqueles onde se conjugam fatores como falta de iluminação, ausência de vigilância, local de parada de veículos, consumo de bebidas alcoólicas e prostituição de adultos”, explicou.
Ainda segundo o projeto Mapear, os locais considerados vulneráveis à exploração sexual infantil nas estradas brasileiras aumentaram de 1.820 pontos mapeados em 2009/2010 para 1.969 em 2013/2014.
Para a deputada Maria do Rosário, esse dado merece atenção. “Houve um crescimento de pontos para os quais devemos estar muito atentos. O enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes é algo permanente, o que deve unir as Polícias, o Judiciário, o Ministério Público, o Parlamento, a cidadania como um todo”, disse a petista.
Segundo os dados, dos 1.969 pontos mapeados neste último levantamento, 56% são considerados críticos (566) ou de alto risco (538) para a prática de exploração infantil e outras vulnerabilidades, somando 1.104 pontos espalhados em apenas 470 municípios brasileiros.
Ainda de acordo com a pesquisa, a Bahia aparece como o estado com o maior número de pontos críticos ou de alto risco mapeados (62), seguido de Minas Gerais (53), Pará (53) e Goiás (36). Desde a criação do projeto, em 2005, 4.321 crianças e adolescentes já foram retiradas de situação de vulnerabilidade, das quais 188 até agosto deste ano. Ainda segundo o relatório, 69% das vítimas são meninas, 22% transgêneros e 9%, meninos.
Gizele Benitz