A deputada Maria do Rosário (PT-RS) ao defender o mandato da presidenta Dilma Rousseff hoje (15), em plenário, afirmou que ela (Dilma) pode unir o Brasil. “Nós, com ela, podemos unir o Brasil, porque o amálgama da união é o voto que ela tem, e este voto Michel Temer não tem”, alertou. Otimista com a vitória da democracia no próximo domingo, Rosário se dirigiu ao povo brasileiro com a esperança de que prevaleça no plenário a memória de Ulysses Guimarães, a memória de Tancredo Neves, a memória dos democratas. “E não a orientação de um presidente nefasto ao País, à democracia e com a postura golpista, como Eduardo Cunha tem”, enfatizou.
A deputada do PT gaúcho disse acreditar que aqueles que compõem a Câmara e que prezam a sua vida política e a sua biografia certamente não estarão alinhados a alguém “que chefia as quadrilhas de corrupção como Eduardo Cunha”. Acrescentou que aqueles que estão no plenário da Casa e que estão preocupados com a Nação brasileira não poderão estar ao lado de “uma perspectiva golpista, de uma perspectiva que tenta promover uma grave injustiça”.
A deputada afirmou que tem respeito pelo PMDB histórico, por todos os partidos, mas disse que sabe também que falta a alguns o voto. “E nós sabemos que, sem o voto popular, sem o povo, uma casta que busca o poder afasta-se da comunidade, afasta-se da população”, alertou.
Na avaliação da parlamentar, hoje no plenário, a denúncia falsa contra a presidenta Dilma ecoou mais uma vez e mais uma vez o ardil de uma injustiça buscou se consolidar. “Não há contra a presidenta Dilma nada que seja razoável. A presidenta Dilma não pode ser acusada de nenhum crime. Ela não é acusada de nenhum crime, porque não praticou nenhum crime”, afirmou.
Maria do Rosário lembrou mais uma vez a dedicação de Dilma Rousseff ao Brasil, desde a juventude. “Uma menina, uma jovem, presa e torturada, que lutou pela democracia. Hoje, é o mesmo ímpeto de uma mulher com um coração valente”, afirmou. E fez um apelo a cada deputada para rememorar o brilhante pronunciamento de posse da presidenta Dilma, quando ela disse que as mulheres podem.
“O que querem agora comprovar? Querem cassar o mandato de uma mulher digna, querem cassar o mandato, a razão política e os direitos políticos de uma mulher digna, como o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, disse hoje em visita ao Brasil”, acrescentou.
Biografia – Maria do Rosário enfatizou que o povo não fecha os olhos. “Temos um processo de impedimento de uma presidenta da República presidido por alguém que é denunciado no Supremo Tribunal Federal por corrupção, é réu, de acordo com o STF”. E pediu: “Comparem a biografia de Dilma com a biografia de Eduardo Cunha; comparem o que fizemos no Brasil e a esperança que podemos produzir nos olhos do povo com o que a oposição golpista fez ao longo dos últimos meses, ao longo dos últimos anos, desde 2014, quando não aceitou o pressuposto básico da democracia, que foi o resultado das urnas e o voto popular”.
E conclui enfatizando que todos os parlamentares serão julgados não por um momento, mas para todo o sempre, “porque o que dizemos e o que fazemos aqui repercute nos nossos atos em cada dia de nossas vidas, porque repercute na vida de cada brasileiro e brasileira”.
Vânia Rodrigues
Foto: Nilson Bastian