Rogério Correia denuncia desmonte do Estado pelo futuro governo Bolsonaro

Em artigo, o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG), recém-eleito deputado federal por Minas Gerais, denuncia a política de desmonte que será implementada pelo governo Jair Bolsonaro, a partir da desestruturação da saúde, da educação e dos serviços públicos em geral, a partir de 1º de janeiro de 2019. Ele cita três situações que, somadas, vão contribuir com esse cenário que penalizará a população: o fim do Mais Médicos, o ensino médio à distância e o fim da estabilidade para servidores públicos.

Leia abaixo íntegra do texto:

Bolsonaro e o desmonte anunciado da saúde e da educação pública  

Três notícias em separado precisam ser analisadas em conjunto: programa Mais Médicos caminha para o fim após Bolsonaro rechaçar os cubanos; Conselho Nacional de Educação aprova novas normas curriculares para ensino médio e permite educação à distância em até 30% da carga horária, a ser ofertada por empresas do ramo; e governadores pedem flexibilização na estabilidade do servidor público.

Não é difícil aglutinar as informações e deduzir as consequências.

O SUS, sem o Mais Médicos, encolhe de imediato, força a população a aderir a planos privados e os pobres a viver em filas intermináveis para acessar um mínimo de serviço.

Já o ensino médio público sem escolas dará lugar à iniciativa privada e, aos pobres, dará uma formação minguada disfarçada de técnica, enterrando o sonho do terceiro grau para milhões de jovens estudantes.

Acompanhando o prato principal, a sobremesa será o servidor, que perde a garantia de emprego, quebrando sua resistência e preparando a demissão em massa.

Pronto, a pá de cal no modelo da Constituição de 1988 completa o banquete neoliberal. Assim, a garantia dos serviços básicos para a população, cláusula pétrea da Carta Magna, está enterrada!

O Governo Temer já vem preparando o terreno para seu sucessor através da Carta Ao Povo Brasileiro, síntese das propostas do golpe que retirou do governo a presidenta Dilma Rousseff e que impediu Lula de ser candidato, abrindo caminho para a vitória conservadora e a posse da ultradireita, formalmente, em 1º de janeiro.

As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, os partidos de esquerda e de consciência democrática e, sobretudo, os trabalhadores e a juventude terão de agir rapidamente para evitar esta catástrofe de repercussão estratégica na sociedade brasileira.

Nenhuma luta poderá ser agora isolada ou corporativa, precisa ter um programa comum de resistência aos retrocessos. No Parlamento, a voz tem de ser a de tribunos que reflitam e deem eco às vozes das ruas, fortalecendo as obstruções internas.

A tarefa é de todos nós!

#SempreNaLuta

Rogério Correia é deputado estadual e recém-eleito deputado federal pelo PT-MG

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