Dez deputados petistas integram a comitiva oficial da Câmara que discute a partir desta quarta-feira (13) na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável – a Rio+20 – temas que relacionam Economia Verde, erradicação da pobreza e estrutura governamental para prover esse desenvolvimento sustentável.
O deputado Taumaturgo Lima disse que mantém um misto de esperança e de dúvida sobre os resultados da conferência por conta da ausência dos chefes de estados dos EUA, China e Rússia – países que mais poluem. Ele também chama a atenção para a necessidade de o mundo dar uma contrapartida à região amazônica, diante da sua importância estratégica para o equilíbrio do planeta. “Toda a sua riqueza não se reverteu em investimentos para o nosso povo, já que a região é uma das mais pobres do País”, avalia.
O deputado Francisco Praciano também faz uma análise semelhante: “É preciso materializar a sustentabilidade também para a Amazônia. Diante dos baixíssimos indicadores sociais da região, a Rio+20 pode se tornar algo muito distante para o nosso povo”. Segundo Praciano, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que 42% da população amazônica vive em estado de pobreza; 34% dos municípios não têm água encanada e 81% não possuem rede de esgoto.
Para o deputado Fernando Ferro, a “Rio+20 será o espaço adequado e apropriado para a sociedade mundial discutir que tipo de crescimento e que tipo de política quer; como vai gerar o desenvolvimento; e que legado deixará para as gerações futuras neste debate sobre a questão ambiental”.
O Rio de Janeiro sediará a conferência até o próximo dia 22 de junho. O ponto alto do evento ocorrerá nos últimos três dias, quando chefes de estado de vários países deverão referendar um documento oficial com as recomendações da Rio+20.
Tarciano Ricarto
