Os Chefes de estado e de governo reunidos na semana passada durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável – a Rio+20 – apontaram a erradicação da pobreza como o maior desafio do mundo atual e um requisito indispensável para o desenvolvimento sustentável do planeta. Esse é o tema que abre as 59 páginas do relatório “O Futuro que Queremos” e norteia todos os compromissos firmados pelos representantes das diversas nações signatárias do documento final da Conferência, que ocorreu no Rio de Janeiro entre 13 e 22 de junho.
“Sobre essa questão, estamos comprometidos em libertar a humanidade, com urgência, da pobreza e da fome”, referendam os chefes de estados no texto. Ao mesmo tempo em que reiteram os temos de acordos firmados anteriormente, eles também reconhecem que, desde 1992, quando ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio92, o progresso nessa área, além de inadequado, retrocedeu em muitos aspectos.
Após a conclusão do documento, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o resultado é um ponto de partida para que os países avancem. “Agora, o que nós temos de exigir é que, a partir desse documento, as nações avancem. O que não podemos conceber é que alguém fique aquém dessa posição, além dessa posição todos devem ir”, disse a presidenta.
O texto faz citações expressas sobre as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental), relacionando-as a vários outros aspectos, como água e saneamento, energia, turismo sustentável, transporte sustentável, cidades sustentáveis, emprego, saúde e populações, oceanos e mares, mudanças climáticas, biodiversidade, desertificação, educação, comércio internacional etc. Todos os temas transpassam de forma particular o combate à pobreza.
Sobre a segurança alimentar e a agricultura sustentável, os chefes de estado reafirmam o compromisso dos países com o fornecimento de alimentos saudáveis e a promoção de uma nutrição adequada. “Entendemos que a segurança alimentar e nutricional se tornou um desafio global, e nosso compromisso é aumentar o acesso das gerações presentes e futuras a alimentos suficientes, seguros e nutritivos”, reiteram.
