O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participou de audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados (CAPADR), nesta quarta-feira (27).
Salles tentou responder aos parlamentares sobre os retrocessos do governo Bolsonaro na área ambiental, mas não conseguiu explicar o caos provocado pelo bolsonarismo no meio ambiente.
De acordo com o coordenador do Núcleo Agrário da Bancada do PT, João Daniel (SE), como protesto, ficou decidido que a bancada não participaria da audiência com o ministro. “Nós decidimos não participar e repudiar a forma como ele vem tratando e criminalizando, especialmente, as entidades, os movimentos, os povos Indígenas, os quilombolas e o movimento ambientalista no Brasil”, explicou o petista.
Para o deputado, Jair Bolsonaro ofereceu para a bancada ruralista um ministro do Meio Ambiente que é tal igual à ministra Tereza Cristina (Agricultura e Pecuária), vinculada ao agronegócio. E destacou que eles não possuem nenhum compromisso e respeito com as entidades, com os movimentos e com a questão ambiental.
João Daniel lamentou que este é o pior momento para a área ambiental no País. “É o pior ano da história, após a ditadura militar, sobre a questão ambiental. O ministro é uma pessoa comprometida com as grandes empresas, corporações, mineradoras e agronegócio. É comprometido com a destruição do meio ambiente e das políticas ambientais que o Brasil implementou graças a luta do povo brasileiro”, denunciou o deputado.
CPI
De acordo com João Daniel, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e a Comissão Externa do Óleo – que trata do derramamento de óleo no litoral do Nordeste brasileiro e que, recentemente, apareceu em praias do Espírito Santo e do Rio de Janeiro – convocará o ministro Ricardo Salles, porém com uma diferença: sem oferecer ‘palanque’ ao ministro como foi feito na Comissão de Agricultura, na audiência desta quarta.
Lorena Vale com Agência Câmara de Notícias
Atualizada às 13h15