Revisão do Tratado de Itaipu reforça integração regional, diz Ferro

04-05-10-ferro-D1O líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), rebateu nesta terça-feira (4) as críticas da oposição ao acordo que revê o Tratado de Itaipu e aumenta os valores a serem pagos ao Paraguai pelo excedente de energia cedido ao Brasil. Segundo o líder, o acordo reforça o processo de integração latino-americana, em especial no âmbito do Mercosul.

Ferro disse que soa estranho a oposição ficar todo o tempo vociferando contra o governo brasileiro por negociar com a Bolívia, Paraguai e países pobres da América Latina. Ele lembrou que, no período do governo FHC (1995-2002), o Brasil sempre foi muito “tranquilo e subserviente aos interesses norte-americanos”.

Ferro recordou que o próprio presidente Lula já criticou a oposição por exibir coragem diante dos mais fracos, fazendo ameaças a países como Bolívia e Peru, enquanto, ao tempo em que foi governo, “se rendeu aos interesses dos Estados Unidos”. O líder frisou que não se trata de fazer retórica de enfrentar os EUA. “Do mesmo jeito que queremos ser respeitados pelos EUA, também devemos ter respeito à Bolívia e ao Paraguai”.

ASSIMETRIA – Ele lembrou que os dois países vizinhos precisam garantir meios de promover maior desenvolvimento, de forma a corrigir a assimetria que têm com outras nações da região, aprofundando o processo de integração econômica, política e cultural da América do Sul.

A Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul (Parlasul) pode votar nesta quarta-feira (5) o parecer favorável do deputado Dr. Rosinha (PT-PR) à proposta de alteração no Tratado de Itaipu.

As alterações aumentam em três vezes a remuneração da energia cedida pelo Paraguai. Os pagamentos anuais passarão de 120 milhões de dólares (aproximadamente R$ 210 milhões) para cerca de 360 milhões de dólares (cerca de R$ 630 milhões), considerados valores de 2008. O consumidor brasileiro não será afetado pela mudança.

Segundo Ferro, o acordo firmado entre Brasil e Paraguai não se refere apenas a Itaipu, mas abrange também a situação de milhares de brasileiros que moram no país vizinho, os chamados brasiguaios. “O Brasil busca estabelecer com o tratado da renovação da tarifa de Itaipu convivência com essas realidades que envolvem o combate ao contrabando e um respeito aos brasileiros que estão no Paraguai, e assim poder construir um espaço de amizade, de relações e de desenvolvimento conjugado dos interesses desses dois países.”, sublinhou o líder.

É um tratado bom para o Brasil, respeita a situação do Paraguai, e, de certa maneira, constrói e contribui para melhorar nossa relação e nossa convivência”, acrescentou Ferro.

Então não se trata de ser valente e mostrar os dentes para o Paraguai e ficar subserviente para os outros. Temos que desenvolver outro tipo de relação política, cultural e econômica, que busque integrar esses países e construir um desenvolvimento mais uniforme e sintonizado entre os interesses desses povos.
Portanto estamos tranquilos nesse debate e refutamos esses ataques ao tratado que estamos fazendo com o Paraguai.

Equipe Informes

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