Dando continuidade às oitivas das testemunhas de acusação do Ministério Público Federal em Curitiba, foi ouvido em Curitiba na quarta-feira (30), Armando Magri, da construtora Talento, executor da reforma que foi realizada no apartamento 164-A do Edifício Solaris, no Guarujá (SP), imóvel que os procuradores insistem em dizer que pertence ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele foi a 12ª testemunha de acusação do processo a ser ouvida pelo juiz Sérgio Moro, da 1ª instância da Justiça em Curitiba. Assim como os outros 11 – todos políticos, empresários ou executivos da Petrobras – afirmou desconhecer e nunca ter ouvido falar de qualquer ilicitude em que o ex-presidente Lula tenha se envolvido, muito menos que ele seria o “proprietário oculto” do imóvel.
Na quarta-feira (30), Magri, em depoimento na Justiça Federal do Paraná, afirmou com todas as letras que nunca ouviu da construtora OAS (verdadeira proprietária do imóvel) que o apartamento que ele reformou estaria reservado para o ex-presidente Lula e sua família.
Magri contou que conheceu dona Marisa – que, de fato, visitou o local para ver se haveria interesse em comprá-lo, o que não ocorreu – e que ficou com a impressão de que ela não era proprietária do imóvel. O juiz Sérgio Moro quis saber por que ele tinha ficado com essa impressão, e a testemunha disse que era pela surpresa da visitante com o apartamento, adicionando esta impressão àquela que ele já havia informado em depoimento ao Ministério Público, de que Dona Marisa não parecia alguém que estava conferindo uma obra encomendada.
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