Um forte ato de resistência marcou o início da sessão do Senado Federal, nesta terça-feira (11), destinada a analisar o PLC 38/2017 que trata da Reforma Trabalhista. Contrárias à retirada de direitos dos trabalhadores brasileiros, as senadoras da oposição Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-PI), Regina Souza (PT-PI), Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin (PC do B- AM) ocuparam a Mesa do Senado para protestar e impedir o avanço na votação de mais essa atrocidade imposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer.
Ao resistir à agenda golpista, as senadoras mandaram um recado àqueles que se abancaram ilegitimamente do Palácio do Planalto e aos senadores governistas que sustentam a política nefasta de Michel Temer. “O Senado não tem legitimidade para votar o projeto de Reforma Trabalhista. Nenhum parlamentar que está aqui foi mandatado para votar projeto que retira direitos dos trabalhadores”, discursou a senadora e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann.
Não satisfeito com a determinação das senadoras de permanecerem na condução da sessão, o presidente da Casa, senador Eunício de Oliveira (PMDB-CE) exigiu a retirada das parlamentares da Mesa. Ao não ser atendido, o senador, usando de sua prerrogativa presidencial, encerrou a sessão e, de forma truculenta, mandou desligar a luz e o som do plenário.
Acordo – Senadores da base governista e oposicionistas tentam um acordo para resolver o impasse. As cinco senadoras só aceitam desocupar a Mesa do Senado se houver o compromisso dos parlamentares que dão sustentação ao governo ilegítimo, em apreciar a emenda que proíbe mulher gestante e lactante de atuarem em áreas insalubres. Com isso, elas tentam forçar o plenário a analisar a proposta que veio da Câmara com emendas apresentadas pelos oposicionistas.
A finalização do acordo está prevista para ocorrer por volta das 16h, período em que está marcado o início da Ordem do Dia do Senado.
Benildes Rodrigues