O deputado Renato Simões (PT-SP) registrou em plenário a passagem do aniversário de morte de Carlos Marighella, 4 de novembro. “Esse foi um dos grandes brasileiros que passou pela Câmara como deputado constituinte em 1946. Ao resgatarmos a memória de lutadores como Carlos Marighella, atualizamos a sua luta para a sociedade dos dias de hoje”, afirmou Simões.
De origem humilde, o baiano Carlos Marighella ainda adolescente despertou para as lutas sociais. Aos 18 anos tornou-se militante do Partido Comunista, dedicando sua vida à causa dos trabalhadores, da independência nacional e do socialismo. Conheceu a prisão pela primeira vez em 1932, após escrever um poema contendo críticas ao interventor Juracy Magalhães. Libertado, prosseguiria na militância política, e em 1932 mudou-se para o Rio de Janeiro.
Na década de 1960 fundou a Ação Libertadora Nacional (ALN) para, de armas em punho, enfrentar a ditadura. O endurecimento do regime militar, a partir do final de 1968, culminou numa repressão sem precedentes. Marighella passou a ser apontado como Inimigo Público Número Um.
Na noite de 4 de novembro de 1969 Carlos Marighella foi surpreendido por uma emboscada na alameda Casa Branca, na capital paulista, e foi assassinado por agentes do DOPS sob a chefia do delegado Sérgio Paranhos Fleury.
Gizele Benitz