Em pronunciamento na tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (7), o deputado Renato Simões (PT-SP) elogiou a nota divulgada pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (Conic) que defende a democracia e critica a ditadura que vigorou entre 1964 e 1985. O Conic e outras entidades propõem a realização de um plebiscito popular para a população opinar sobre questões ligadas ao debate da reforma política, bem como a convocação de uma Constituinte exclusiva para promover mudanças no sistema político-eleitoral.
Para Simões, a mobilização da sociedade civil no presente momento dialoga com o passado. “O País vive um momento muito rico de reencontro com o seu passado, de reencontro com a sua história, de reconstrução do que foi o período que nos separa, nestes 50 anos, do golpe militar de 1964”, avalia o parlamentar paulista.
“Manifestações da sociedade civil começam a se multiplicar, e com ponderações extremamente importantes para esta Casa, que deve repercutir esses interesses de revisão histórica, de memória, de verdade e de justiça”, continuou Simões.
Na opinião de Simões, a nota, intitulada “Declaração Pública – Compromisso Coletivo pela Democracia. Brasil: Ditadura Nunca Mais”, contribui “para a reafirmação dos valores democráticos” e traz importantes preocupação quanto aos “riscos ao processo democrático” na atual conjuntura.
“Evidentemente, nós não temos hoje uma ameaça de rompimento institucional da democracia brasileira, mas nós temos sinais preocupantes de retrocesso, e esses sinais estão claramente denunciados quando se menciona a crise da democracia representativa, a crise das instituições eleitas pelo povo”, pondera Renato Simões.
O deputado informa que “as igrejas cristãs se comprometem com um plebiscito popular a ser realizado na Semana da Pátria por mais de 90 organizações nacionais da sociedade civil e pela convocação de uma Constituinte exclusiva e soberana do sistema político” e assume seu compromisso de apoiar tais iniciativas.
Rogério Tomaz Jr.