O deputado Renato Simões (PT-SP) ocupou a Tribuna nesta quarta-feira (26) para uma avaliação da postura da oposição que, de acordo com ele, “tem necessidade de encontrar um mote eleitoral e midiático, para colocar, ao mesmo tempo, o governo Dilma na corda do ringue político das eleições e a Petrobras fora do grande jogo internacional das ações, que hoje movimenta as empresas petroleiras no mundo inteiro. Isso é que precisava ser investigado, não por uma CPI da Petrobras, mas pela consciência nacional”, afirmou o petista.
Renato Simões questionou os verdadeiros interesses da oposição na tentativa de degradar a imagem pública da Petrobras. “Há uma motivação eleitoral porque, em 2002, no governo FHC, a Petrobras valia em torno de R$ 30 bilhões e, agora, 10 anos depois, com os governos do PT, a Petrobras tem um valor de mercado de mais de R$ 260 bilhões”.
Ainda de acordo com o deputado Renato Simões, “os tucanos deveriam explicar a tentativa de privatização da Petrobras, de mudar o seu nome e a sua razão social, que produziram denúncias de corrupção ao longo dos oito anos do governo FHC, que permitiram o sucateamento, a estagnação, que permitiram o afundamento da P-36. Esses são os verdadeiros marcos do modo tucano de governar a Petrobras”, frisou o petista.
Então, enfatizou Renato Simões, há uma motivação eleitoral nos ataques dos tucanos. “Não há dúvida que José Serra e Geraldo Alckmin não conseguiram explicar ao povo brasileiro como podiam defender a economia nacional tendo um passivo de ataque a esse que é um dos maiores patrimônios simbólicos, econômicos e políticos do povo brasileiro, a Petrobras”.
O parlamentar petista disse ainda que “a histeria” contra a Petrobras não tem nenhum respaldo nos dados de 2013 e de 2014. “Porque os números da empresa são o contrário do que a oposição tenta apresentar e é repercutida na mídia. Fechamos 2013 com a Petrobras tendo sido a maior petroleira que investiu no ano no mundo: 40 bilhões de dólares/ano; o dobro da média mundial do setor. Portanto, numa perspectiva de médio e de longo prazo, a Petrobras vai investir 237 bilhões de reais — 62% disso em exploração e em produção”.
Então, acrescentou o deputado Renato Simões, “a que interesses econômicos estão vinculados os ataques que a Petrobras hoje sofre? Não são apenas interesses eleitoreiros, há também interesses do mercado internacional e do sistema financeiro em fragilizar a nossa economia e fragilizar o nosso principal ativo”.
“Esse é o nosso compromisso: não vamos deixar sangrar a Petrobras, não vamos deixar o Brasil sangrar, não vamos nos curvar a esse terrorismo econômico da oposição e não vamos deixar que se consolide uma imagem falsa e negativa da nossa principal empresa”, finalizou o deputado Renato Simões.
Gizele Benitz