O Brasil ainda tem muito a avançar em termos de igualdade entre homens e mulheres e está muito distante da participação ideal da mulher na política. Isso é o que mostra o Relatório de Desenvolvimento Humano, lançado pelas Nações Unidas na semana passada. O Índice de Desigualdade de Gênero do Brasil ficou em 0,41 em 2013, o que coloca o País na posição número 85 em um ranking de 149 países.
Para a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), “apesar dos esforços feitos até agora, ainda estamos aquém do ideal. As mulheres já provaram que são competentes, mas isso não basta. É preciso medidas políticas e o governo Dilma vem implementando ações neste sentido, mas é preciso muito mais”, disse.
Segundo o relatório das Nações Unidas as mulheres brasileiras ocupam apenas 9,6% dos cargos do Congresso Nacional, enquanto a média mundial é de 21%. Na América Latina e no Caribe, a ocupação das mulheres nos parlamentos nacionais é de cerca de 25% dos assentos. O Brasil está no mesmo patamar de estados árabes, onde as mulheres possuem menos de 14% dos assentos nos parlamentos.
De acordo com a deputada Benedita da Silva, os principais mecanismos de estímulo à participação feminina na política no Brasil já estão fixados em lei (Lei 9.504/97). Os partidos são obrigados, por exemplo, a garantir às mulheres 30% das candidaturas em cada eleição. “Então, é preciso incentivar, estimular a participação das mulheres na política”, explicou a parlamentar petista.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste ano, pela primeira vez, as mulheres representam quase 30% do total de pessoas que vão concorrer nas eleições de outubro. Em 2010, 22% dos candidatos eram mulheres.
Equipe PT na Câmara com Agências