“Bolsonarista mostra que independência do BC é balela”, diz Reimont;
O boletim BM&C News, totalmente voltado para o tal “mercado”, destaca que as recentes declarações de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), provocaram uma alta significativa do dólar à vista, que, na última sexta-feira, 31/05, fechou a R$ 5,167. Só falta aplaudir.
As recentes e intensas movimentações e falas de Campos Neto têm agitado a economia, e ele sabe disso, faz com essa intenção. Em jantares e entrevistas, Campo Neto virou o arauto da falsa informação de piora nas expectativas de inflação. Assim, estimula altas no dólar e alterações nas bolsas. A quem interessa, quem ganha?
A economia melhora e ele finge que não vê; não bate com os interesses dele. O PIB do primeiro trimestre traz aumento de 0,8%, com aumento do emprego e renda e baixa da inflação, mas isso parece não vir ao caso.
Essa intensa movimentação chamou a atenção do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), que, na última semana, ingressou com uma representação para “identificar eventuais desvios de finalidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central na definição da taxa Selic”.
Segundo o subprocurador Lucas Furtado, a apuração se daria por suposta “grande influência das projeções constantes do chamado ‘Boletim Focus’, elaborado a partir de pesquisas macroeconômicas realizadas por diversas instituições, tais como bancos, consultorias, corretoras”.
De acordo com Furtado, as instituições “podem ter interesse na manipulação do índice para ganhos próprios e privados indevidos e em prejuízo aos interesses públicos e ao erário”.
O bolsonarista Campos Neto é suspeito de manipular as análises e de obter ganhos pessoais com isso.
Às vésperas da indicação do novo presidente do BC (já criticado pelos ultraneoliberais, embora ainda nem tenha sido anunciado), as falas, entrevistas e encontros do economista indicam um “mercado” enamorado da especulação e comprometido com as elites financeiras.
