As propostas do Ministério da Educação para melhorar o Ensino Médio brasileiro convergem com as ações que estão em estudo na comissão especial da Câmara que trata do tema. A avaliação é do presidente do colegiado, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). “Estamos sintonizados nas soluções para fazer avançar, melhorando a qualidade do ensino, permitindo a qualificação do professor, garantido a permanência do jovem na escola, e proporcionando uma oportunidade de profissionalização do estudante e ampliando os recursos orçamentários para o setor”, afirmou Reginaldo Lopes.
O deputado anunciou que a comissão pretende apresentar o seu parecer em outubro. “A questão polêmica ainda é como calibrar o Ensino Médio regular com o ensino técnico. A certeza que temos é a de que o mundo atual exige que o aluno saia da escola com uma qualificação para o mercado de trabalho”, afirmou.
A deputada Iara Bernardi (PT-SP) elogiou os compromissos com o Ensino Médio, apresentado pelo ministro Aloizio Mercante (Educação). “É fundamental esse regime de colaboração que o ministério estabeleceu com a rede estadual de educação. Espero que essa ação conjunta contribua também para que todos os estados cumpram o piso salarial do professor, agente indispensável da educação de qualidade”, afirmou.
A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) destacou a parceria do MEC com a comissão especial para promover as mudanças necessárias para melhorar o Ensino Médio, “que vive uma crise sem precedente”. “O setor carece de mudanças profundas, não é só financiamento”, alertou.
O deputado Artur Bruno (PT-CE) lembrou que vários países também estão reformulando o Ensino Médio. “Um dos maiores desafios é o currículo, temos excesso de conteúdo”, citou. Ele defendeu também mudança nos cursos de formação dos professores, que precisa ter mais metodologia e menos teoria, na sua avaliação.
O deputado Newton Lima (PT-SP) defendeu a inclusão dos Conselhos da Juventude nos compromissos com o Ensino Médio. “Eles serão essenciais, principalmente no compromisso de não deixar nenhum aluno fora da escola”.
Para o deputado Siba Machado (PT-AC) é fundamental incluir a iniciação científica obrigatória no currículo do Ensino Médio. E a deputada Margarida Salomão (PT-MG) lembrou o “extraordinário” salto de qualidade da educação nos governos Lula e Dilma. “A crise na etapa da educação é um fenômeno mundial, decorrente da mudança cultural advinda das novas técnicas de comunicação”, acrescentou.
Participaram ainda do debate com o ministro Mercadante os deputados Antonio Carlos Biffi (PT-MS); Leonardo Monteiro (PT-MG); Márcio Macêdo (PT-SE); Odair Cunha (PT-MG); Waldenor Pereira (PT-BA); e Weliton Prado (PT-MG).
Vânia Rodrigues