A senadora Regina Sousa (PT-PI) está convencida de que o processo que levou ao julgamento da presidenta Dilma Rousseff não passa de um golpe. “Dizem que ele (o impeachment) está respaldado na Constituição. Senhores, o AI-5 foi editado dentro da legalidade da época. Esse Senado teria coragem de aprovar o AI-5?” comparou. O Ato Institucional número 5 é o mais famoso da ditadura. Por causa dele foi cometido todo tipo de arbitrariedade e desrespeito aos direitos mais básicos. Os militares prenderam, torturaram e eliminaram garantias constitucionais.
Nesta terça-feira (30), desenha-se o último capítulo de uma trama cuidadosamente articulada, nos moldes da que conseguiu tirar Getúlio Vargas do Palácio do Catete, em 1954. “Uma rede de atores foi montada para respaldar uma acusação frágil para usurpar um mandato ilegítimo”, disse. Segundo ela, o enredo envolveu, entre outros atores, representantes do Tribunal de Contas da União, do partido que perdeu a eleição, um grupo de parlamentares muito bem instruído, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a Polícia Federal, empresários e setores do Ministério Público e da Justiça Federal
A parlamentar destacou ainda: “Aqui, nesta Casa, existem campeões de denúncias, nenhuma vai pra frente, pois o santo protetor não permite nem investigar”.
A senadora piauiense destacou a importância do conjunto da obra de 13 anos de governo do PT, entre eles o Luz para Todos, o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa-Família ,Luz Para todos, Farmácia Popular, Bolsa Atleta, entre outros.
“Na verdade, a disputa aqui é entre o Bolsa Família e a Bolsa de Valores. É a disputa entre projetos de um país para todos ou um país apenas para os ricos”, resumiu.
Pedindo aos senadores que olhem bem para si mesmos antes de votar, a Regina recomendou: “Dispam-se de seus ressentimentos e façam Justiça, ou então que atire a primeira pedra quem não carrega nos ombros nenhuma culpa. Se o resultado for o afastamento da presidenta, este dia vai marcar a história como o dia em que a democracia no Brasil foi golpeada mais uma vez”.
PT no Senado
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