Reforma Trabalhista rasga Constituição e joga CLT no lixo

O deputado João Daniel (PT-SE) lembrou que a Reforma Trabalhista, em pauta para ser votada nesta quarta-feira (26) em plenário, rasga a Constituição de 1988, nos capítulos que tratam dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras. “ A reforma, que não é reforma, também rasga a Consolidação das Leis Trabalhistas [CLT] em nosso País. O plenário se divide hoje entre os que defendem os trabalhadores e as trabalhadoras e os que são patrões ou representam os patrões, os que querem mais lucros, os que não estão satisfeitos com os atuais lucros”.

O parlamentou protestou contra a tentativa do governo de jogar para os trabalhadores a conta de uma crise que está sendo acentuada por política econômica errada, que não gera crescimento e promove desemprego. “Hoje, está marcada a votação do financiamento do ‘pato amarelo’. O pato amarelo, que rodou o Brasil para tirar a presidenta Dilma, que exigiu a PEC 55, que exigiu a terceirização, agora, quer a Reforma Trabalhista e, em seguida, a Reforma da Previdência. É o preço do pato amarelo da Fiesp, do empresariado ganancioso. “Tudo isso contra o povo brasileiro”, pontuou.

O deputado Waldenor Pereira (PT-BA) também chamou a atenção, em plenário, para o fato de a reforma em pauta “jogar a CLT no lixo”, afrontando direitos sociais e trabalhistas dos brasileiros. “São inimagináveis as iniciativas e o conteúdo desse projeto de lei. Eu, que faço parte da Comissão Especial, tive oportunidade de avaliar com minúcia essa matéria e de comprovar e confirmar se tratar de fato de um projeto muito nocivo, muito perverso, muito maldoso que afronta os direitos do povo trabalhador do nosso País”, detalhou.

Ele lamentou o fato de a reforma decidir pela prevalência do acordado sobre o legislado, permitindo o vale-tudo. “Esse projeto amplia o contrato temporário para até 9 meses e institui a terceirização e até a quarteirização, porque permite que uma empresa terceirizada contrate outra empresa terceirizada para a prestação do serviço. Por isso, estaremos obstruindo a sessão e, mais que isso, estaremos convocando o povo brasileiro para, no próximo dia 28, participar da greve geral contra as reformas nocivas do governo golpista de Michel Temer”.

PT na Câmara

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