A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) informou, em plenário, que a Consultoria Legislativa do Senado constatou que o impacto negativo e a precarização da vida dos trabalhadores por conta da reforma da Previdência atingirá principalmente pobres, mulheres e negros. Isso porque eles vivem em uma situação já constatada em que possuem o menor nível de escolaridade. Também têm o menor rendimento salarial. Segundo o estudo, a exigência de 40 anos de contribuição vai significar 53 anos de vida laboral ativa.
“Qual é o trabalhador ou a trabalhadora que começa a ter a carteira assinada em seu meado de vida? Isso vai exigir que tenhamos trabalho infantil. Quer dizer, teremos que ter atividade laboral ativa durante esses anos todos para conseguir alcançar a aposentadoria. Isso é demais”, disse a deputada.
Ele lembrou que esta precarização não envolverá apenas o povo do Nordeste, citando a maioria dos favelados do Estado do Rio de Janeiro. “Foi a partir dos Governos Luiz Inácio Lula da Silva e da Presidenta Dilma que mudou essa questão nas favelas do Rio de Janeiro. O Brasil tem mais de 3 milhões e meio de pessoas morando nas favelas nessas condições. Muitas delas também vieram do Nordeste brasileiro para tentar a vida na grande cidade, para trabalhar na construção civil, que hoje está praticamente desativada. Há um índice de desemprego enorme, quando o Governo delibera em não construir mais as casas do Programa Minha Casa, Minha Vida”, lamentou.
Para a deputada Benedita, a atuação parlamentar tem que se dar não apenas no Fora, Temer!, “mas em eleições diretas já, para que o povo tenha a oportunidade de colocar na Presidência da República alguém que possa verdadeiramente olhar para os pobres, para os negros, para as mulheres, enfim, para os trabalhadores e as trabalhadoras deste País”.
(PT na Cãmara)