A vitória da presidenta Dilma Rousseff no último domingo ganhou repercussão em vários jornais do mundo. O principal jornal norte-americano, The New York Times escreveu em suas páginas que a reeleição da petista é o reconhecimento de “importantes ganhos na redução da pobreza e manutenção do desemprego em nível baixo”.
Os jornais L’Humanité e Le Monde, da França, destacaram a vitória de Dilma em Minas Gerais, estado que Aécio Neves governou por oito anos e no Rio de Janeiro. O L’Humanité também ressaltou discurso da vitória feito pela presidenta reeleita convocando a união e reafirmando o compromisso com a reforma política e a luta contra a corrupção. Já o Le Monde diz que a derrota em são Paulo foi “compensada pela vitória em Minas Gerais, segundo colégio eleitoral e feudo político de Aécio Neves”.
Na Europa, o jornal espanhol El País estampa o perfil de Dilma Rousseff com o título “A Presidente com Caráter”. O inglês The Guardian ressalta que o pleito foi caracterizado por uma campanha “suja” marcada por “xingamentos e acusações de corrupção, nepotismo e incompetência”.
O Financial Times, da Grã-Bretanha, disse que “Dilma enfrenta agora a tarefa de unir um país dividido pela campanha mais agressiva dos últimos tempos, de ressuscitar uma economia que se arrasta e de pacificar mercados hostis”.
A reeleição da mandatária brasileira também foi destaque do jornal argentino Página/12 cuja capa ostentou na manchete desta segunda-feira (27): “A alegria não é só brasileira”. Segundo o periódico, a comemoração percorreu toda a América Latina. O jornal destacou o pronunciamento da presidente da Argentina, Cristina Kirchner que afirmou: “Trata-se de um passo a mais na consolidação da Pátria Grande”.
Com o titulo “Brasil demonstrou a força da esquerda latino-americana”, a TeleSUR também deu amplo destaque ao pleito brasileiro. A emissora foi uma das que estiveram presente na cobertura das eleições que ocorreram neste mês de outubro. Já a Prensa Latina, agência de notícias cubana repercutiu o resultado destacando que a presidenta Dilma “defende paz, união e mudanças”.
Para o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), membro da comissão de Relações Exteriores da Câmara, a reeleição da presidenta Dilma representa a continuidade e o aprofundamento da política externa adotada pelo Brasil ao longo dos últimos 12 anos. Além disso, ele lembrou que o Brasil é reconhecido internacionalmente pela importância econômica, social, política e geográfica.
“Nos 12 anos de governos Lula-Dilma, o Brasil protagonizou a instituição do grupo das 20 maiores economia do mundo (G-20), articulou a criação do bloco econômico formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul( Brics) que, recentemente, criou o Banco dos Brics que é um contraponto ao FMI ”, ressaltou o petista.
Zarattini acrescentou que o Brasil é um País que se integrou à América Latina, reforçou o Mercosul, abriu relações com a África e com o Oriente Médio. “Então, com a vitória da Dilma vamos ampliar e diversificar a nossa relação com esses países até mesmo para ter com eles uma relação comercial mais ampla”, disse. Para Zarattini, se a oposição tivesse ganhado a eleição presidencial, teríamos “o retorno à subserviência aos EUA e à Europa”.
Para o ex-presidente do Parlamento do Mercosul, deputado Dr. Rosinha (PT-PR) o Brasil é líder na América Latina desde o governo Lula. Ele frisou que a reeleição da presidenta Dilma possibilita a continuidade da integração regional econômica e na constituição da cidadania.
“A liderança do Brasil no Mercosul e sua participação no novo bloco econômico denominado Brics pode desenhar um novo contexto econômico e político e acabar com a bipolaridade nas relações econômicas comandadas pelo FMI”, assinalou Dr. Rosinha.
Benildes Rodrigues com Agências