Realidade social melhorou em 16 regiões metropolitanas brasileiras

Manaus IPEA

As melhorias na condição de vida do brasileiro, entre 2000 e 2010, estimularam sensivelmente a realidade social de 16 regiões metropolitanas do País. É o que mostra um levantamento inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado na segunda-feira (5). O documento registra redução no Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) em todas as regiões avaliadas. O estudo aponta que, ao contrário do que se via uma década antes, em 2010, nenhuma região figurou mais na pior classificação do IVS – a de “muito alta vulnerabilidade social”.

A pesquisa mostra Salvador como a região metropolitana que mais reduziu a mortalidade infantil no País. A capital baiana conseguiu diminuir o número de crianças mortas com até um ano de vida de 40, em 2000, para 16 a cada mil nascidos, em 2010. Uma redução de 60% no período.

Em Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre, o principal avanço foi na redução do número de jovens entre 15 e 24 anos que não estudam, não trabalham ou têm renda domiciliar per capita menor que meio salário mínimo. Esse indicador recuou em 45% nessas regiões.

Houve também redução na taxa de desocupação de pessoas acima de 18 anos em todas as 16 regiões. Isso significa que mais pessoas conseguiram emprego formal. O destaque foi Curitiba, onde a desocupação caiu de 13% para 4% na década analisada.

O Ipea indica, ainda, que 12 regiões conseguiram reduzir a parcela da população vivendo nas suas cidades sem coleta de lixo. Em todas as regiões, as quedas foram superiores a 53% entre 2000 e 2010. Goiânia apresentou a maior redução: 89% dos que não tinham acesso à coleta de lixo passaram a ser atendidos.

O documento registra melhoria nas condições de vida metropolitana de acordo com três eixos: infraestrutura urbana (saneamento e mobilidade), capital humano (saúde e educação) e renda e trabalho (emprego e trabalho infantil, entre outros). Nessas categorias, houve avanços.

A pesquisa tomou como base os dados do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (ADH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Ipea, utilizado na elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). O recorte pega os dois últimos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizados em 2000 e 2010.

O IVS varia entre 0 e 1, sendo que, quanto mais próximo a 1, maior a vulnerabilidade social. São quatro categorias: “muito baixa vulnerabilidade” (pontuação de 0 a 0,200), “baixa” (de 201 a 0,300), “média” (0,301 a 0,400), “alta” (0,401 a 0,500) e “muito alta” (501 a 1).

No ano de 2000, três regiões metropolitanas estavam definidas como sendo de “muito alta vulnerabilidade”: Manaus, Recife e São Luís. Manaus passou a ser considerada como de “alta vulnerabilidade”, pontuando IVS de 0,415, em 2010, após melhorar seus indicadores sociais em 25,5%.

São Luís e Recife passaram a ser classificadas como regiões de “média vulnerabilidade”. A capital maranhense cresceu em 24% o indicador sobre infraestrutura urbana, o que contribuiu para que São Luís saltasse de um IVS de 0,551, em 2000, para 0,395, em 2010.

A pesquisa do Ipea mostra ainda que nove regiões metropolitanas deixaram de ser classificadas como de “alta vulnerabilidade”, passando para “média vulnerabilidade” na década pesquisada. São elas: Belém, Belo Horizonte, Distrito Federal, Fortaleza, Goiânia, Natal, Rio de Janeiro, Salvador e Vitória. As regiões metropolitanas de Cuiabá, Curitiba, Porto Alegre e São Paulo atingiram o nível de “baixa vulnerabilidade” entre 2000 e 2010.

Portal Brasil

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