Rands defende maior participação dos países industrializados na preservação de florestas tropicais

O deputado Mauricio Rands (PT-PE) defendeu hoje o aumento da participação dos países industrializados nos programas de proteção a florestas tropicais. A expectativa dele é de que o tema seja um dos principais na Conferência de Copenhague, em dezembro, convocada para discutir o aquecimento global e as mudanças climáticas. Segundo Rands, as iniciativas têm sido erráticas e os países centrais, à exceção de alguns poucos, não têm correspondido às necessidades dos países detentores de florestas tropicais, como Brasil e Indonésia.
“É preciso convencer os países ricos a garantir um fundo substancial para que as populações das áreas de florestas tropicais sejam compensadas pela preservação da biodiversidade e, adicionalmente, pela contribuição ao equilíbrio climático do planeta”, disse. Segundo Hands, o Brasil vem reduzindo as taxas de desmatamento, mas o índice poderia ser melhor se houvesse mais cooperação financeira internacional.
Na Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Brasil em 1992, tratou-se do tema, mas poucos países, como os nórdicos e a Inglaterra, cumpriram o compromisso de repassar recursos destinados às florestas tropicais. Nos últimos anos, muitos países com esse tipo de bioma se uniram para sugerir a criação de um fundo de conservação pelos países ricos. Esse fundo garantiria ações de desenvolvimento sustentável e o repasse de dinheiro às populações que habitam as áreas de floresta tropical.
De acordo com Hands, um fundo bem planejado e bem suprido de recursos reduziria ou deteria o desflorestamento, preservaria a biodiversidade e diminuiria as emissões de dióxido de carbono causadas pela queima das florestas eliminadas. O parlamentar petista alertou para a necessidade de o Congresso avançar na aprovação de projetos relacionados ao meio ambiente, capacitando o Brasil a chegar com maior credibilidade à Conferência de Copenhague. “O Brasil já é um exemplo em termos de produção de energia limpa, tem reduzido as taxas de desmatamento, mas pode avançar ainda mais, dando uma grande contribuição ao planeta”, afirmou Rands.
O aquecimento global será o assunto principal da Conferência de Copenhague. A reunião ocorre porque, em 2012, termina a vigência do Protocolo de Kyoto, que estabeleceu metas para a redução de carbono, uma das principais fontes causadoras do aquecimento global. Para manter o processo em andamento, é necessário estabelecer urgentemente um novo protocolo para o enfrentamento das mudanças climáticas e do aquecimento global.

Como lembrou Rands, a conferência é uma oportunidade para os governos definirem suas agendas e ações antes da revisão dos compromissos em 2012. Ele espera avanços, já que o governo dos Estados Unidos adiantou que deverá assinar o documento com os novos compromissos para evitar o aquecimento global, o que não ocorreu com o Protocolo de Kyoto, de 1997.

Na área ambiental, o parlamentar do PT tem vários projetos. Um deles, coloca como requisitos para as empresas efetuarem contratos com o governo o cumprimento da responsabilidade socioambiental. Outro institui subsídios para que pessoas físicas e pequenos empreendimentos instalem painéis de energia solar, com abatimento na conta de eletricidade. Desse modo, o Estado subsidiará o desenvolvimento do mercado de equipamentos de energia solar.

Paulo Paiva

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