Foto: Gustavo Bezerra
A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) fez um pronunciamento na tribuna da Câmara durante a semana para pedir o fim do racismo, relembrando os recentes casos de discriminação envolvendo o esporte brasileiro. Para a deputada, “o problema do racismo se agrava no País e vem crescendo nos campos de futebol”, como foi o caso do jogador do Cruzeiro Tinga e do juiz Márcio Chagas da Silva, que foram vítimas de racismo em partidas de futebol no Peru e no Rio Grande do Sul.
A deputada reforçou que a data de hoje, 21 de março, quando é comemorado o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, “seria o momento propício para pautar a Câmara com proposições que pudessem contribuir para a erradicação de todas as formas de manifestações racistas que assolam o Brasil”.
Após os episódios de racismo no futebol, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) promoveu um encontro das vítimas com a presidenta Dilma Rousseff, o ministro Gilberto Carvalho e representantes do movimento social negro. Na reunião, as lideranças reafirmaram a necessidade de combater o racismo em todos os setores da área pública e privada. Para Benedita, a contribuição que o movimento negro trouxe para essa discussão foi ressaltar que a questão principal não é o racismo nos esportes ou, mais especificamente, na Copa do Mundo. “A questão principal é o que existe nas sociedades e se manifesta também no futebol”, alertou Benedita.
Ela afirmou que o diálogo dá continuidade a uma série de iniciativas que vêm sendo adotadas pelo governo federal no sentido de deixar evidente para a sociedade brasileira que o racismo é repudiado pelo governo e que a sociedade deve se mobilizar para combatê-lo. “Pais e mães devem cobrar nas escolas a adoção dos conteúdos afirmativos”, disse.
Késia Paos, estagiária de Jornalismo – PT na Câmara