A presidenta Dilma Rousseff afirmou, na noite de terça-feira (13), que não teme o golpismo, pois lutou a vida inteira pela liberdade. Durante a abertura do 12º Congresso da Central Única dos Trabalhadores (Concut), em São Paulo, ao lado dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Pepe Mujica (Uruguai), ela atacou a moralidade dos ‘sem moral’.
“Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias e não temo seus defensores. Pergunto com toda a franqueza: quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?”, questionou, em discurso.
“Nunca me permiti cometer qualquer ilegalidade. Nunca fiz da atividade política e da vida pública meios para obter vantagem pessoal de qualquer tipo”, acrescentou.
Dilma criticou integrantes da oposição, que “querem criar uma onda que leve, de qualquer jeito, ao encurtamento do meu mandato, sem fato jurídico, sem qualquer materialidade que me desabone”.
De acordo com ela, “o que antes era inconformismo, por terem perdido a eleição, agora transformou-se em um claro desejo de retrocesso político, de ruptura institucional”. “Isso tem nome. É um golpismo escancarado”.
A presidenta lembrou que “o que chamam de pedaladas fiscais são atos administrativos que foram usados por todos os governos” antes do dela. “Eu quero deixar claro que nós não tivemos, nesses atos, nenhum interesse a não ser realizar nossas políticas sociais e nossas políticas de investimentos”, ressaltou.
A presidenta afirmou que, para tentar prejudicar sua gestão, parlamentares da oposição votam contra medidas que seus partidos aprovaram no passado.
“Nessa política de quanto pior melhor, não há nenhum comedimento, nenhum limite, nenhum pudor, porque votam contra o que fizeram quando estavam no poder. Envenenam a população todos os dias nas redes sociais e na mídia”, asseverou.
Na avaliação de Dilma, as tentativas de destituí-la do cargo não são apenas contra ela, mas “contra o projeto que fez do Brasil um país que superou a miséria, que elevou milhões de pessoas às classes médias, que construiu um poderoso mercado interno”.
“Esse Brasil que hoje pode se orgulhar de ter a primeira geração de crianças que não conheceu o flagelo da fome, a primeira geração de crianças que teve oportunidade de estudar”, continuou.
A presidenta lembrou que está no cargo porque foi eleita pelo povo, em eleições lícitas. “Tenho a legitimidade das urnas, que me protege e a qual tenho o dever de proteger. Sou presidenta para defender a Constituição e a democracia, tão duramente conquistada por nós”.
Dilma acrescentou que está “pronta para travar lutas civilizatórias, como a luta de gênero e a luta contra o racismo, a intolerância. Para implementar o Plano Nacional de Educação, para reformar nosso sistema de representação política”, citou.
“Sou presidenta para dar continuidade ao processo de emancipação do nosso povo da pobreza, da exclusão. Para fazer do Brasil uma nação de oportunidades para todas e todos”, defendeu.
“A hora é de arregaçar as mangas e combater o pessimismo e a intriga política. Quem quiser dialogar, construir a paz política, construir o futuro, terá meu governo como parceiro”, defendeu.
(Portal do PT)
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