Fabrício Queiroz, ex-assessor e ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), foi preso na manhã desta quinta-feira (18) em Atibaia, interior de São Paulo.
Queiroz estava em um imóvel de Frederick Wasseff, advogado de Flávio, e foi levado para unidade da Polícia Civil no Centro da capital paulista, onde deverá passar por exame de corpo de delito, segundo informações do repórter Bruno Tavares, do portal G1. Em seguida, ele deverá ser levado para o Rio.
Policial Militar aposentado, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira considerada “atípica”, segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf). Ele trabalhou para o filho do presidente Jair Bolsonaro antes de Flávio tomar posse como senador, no período em que ele era deputado estadual no Rio.
Ainda segundo o portal G1, “os mandados de busca e apreensão e de prisão contra Queiroz foram expedidos pela justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura esquema de ‘rachadinha’ na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A prisão foi feita numa operação da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo”.
Repercussão
“Foi só Sergio Moro (@SF_Moro) sair do Ministério da Justiça que João Doria (@jdoriajr) e Wilson Witzel (@wilsonwitzel) deram o troco. Queiroz preso na casa do advogado de Flávio Bolsonaro. Delação poderá revelar os subterrâneos do clã. Fortes emoções no dia de hoje. PC Farias da famiglia é nitroglicerina pura e provoca pânico no Alvorada!!”, disse o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) em sua conta no Twitter.
Pimenta refere-se à briga com o governo federal, que tem marcado as gestões dos governadores de São Paulo e Rio de Janeiro. No vídeo de reunião ministerial do presidente Jair Bolsonaro em 22 de abril, Doria é chamado de “bosta” pelo presidente. Doria reagiu e disse que o Brasil “ficou atônito” com o nível da reunião ministerial.
Já em relação a Witzel, as agressões vieram por meio da Polícia Federal. Witzel foi alvo de uma operação de busca e apreensão em 26 de maio, em ação autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A PF buscava por provas de fraudes na compra emergencial de mil respiradores para pacientes com coronavírus, e também na contratação da organização social Iabas, encarregada de construir e administrar sete hospitais de campanha durante a pandemia.
Por Rede Brasil Atual