Quebra de acordo impede avanço na votação do trem-bala

zarattini e vaccarezza_D1A quebra do acordo pelos partidos de oposição impediu a apreciação pelo plenário da Câmara nesta quarta-feira (23) da medida provisória (MP 511/10), relatada pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que autoriza a garantia do financiamento do Trem de Alta Velocidade (TAV), no trecho entre os municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Campinas (SP).

 Segundo o acordo firmado entre os líderes partidários, hoje seria lido o relatório e discutida a matéria. Apenas a votação ficaria para a semana que vem. O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) criticou a oposição. “No meu entender, não fazia parte do acordo encerrar a sessão sem a discussão da MP. Esse debate está contaminado por setores da oposição contrários ao trem-bala”, disse.

MP – Em seu parecer favorável, o deputado Carlos Zarattini defende a implantação do Trem de Alta Velocidade, conhecido como trem-bala. “Ele será fundamental para a solução do transporte de passageiros entre as principais cidades da região Sudeste do Brasil. Essa região formada por três grandes metrópoles (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) é ainda o centro econômico do país e enfrenta sérios problemas de infraestrutura de transporte”, ressaltou o relator.

Ainda de acordo com Zarattini, a implantação do trem se apresenta como solução para resolver os problemas de deslocamento, fundamental para o desenvolvimento da região Sudeste e de todo país. ” O trem é um sistema moderno de transporte de passageiros que pode recuperar esse importante modal de transporte, abandonado após a privatização das ferrovias brasileiras no governo FHC”, destacou o relator.

O TAV, acrescentou Zarattini, também apresenta um alto índice de eficiência energética. “Se considerarmos todos os sistemas de transporte convertidos para apenas uma unidade energética, verificamos que o TAV transporta 170 passageiros por km, enquanto o ônibus transporta 54 passageiros, o automóvel 39 passageiros e o avião apenas 20 passageiros por unidade energética.

Do ponto de vista ambiental, explicou o relator, o TAV é ainda mais vantajoso. “Considerando-se uma viagem de 600 km, o transporte aéreo despeja 80 kg de CO2 na atmosfera por passageiro, enquanto com o TAV apenas 13 kg por passageiro são emitidos”.

Ele explicou ainda que o sistema registra pouquíssimos acidentes, nenhum de grandes proporções. “Com isso podemos também ver reduzida a verdadeira guerra do trânsito no Brasil que produz mais de 35 mil mortes por ano. Portanto, vai colaborar com a saúde dos brasileiros, seja pelo aspecto ambiental, seja pela redução de acidentes. Esse é um projeto altamente importante para a modernização da infraestrutura de transportes no Brasil”, ressaltou Carlos Zarattini.

Gizele Benitz

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