PT vai entrar com notícia-crime contra procuradores da Lava Jato, anuncia Pimenta  

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), anunciou hoje (27) que a bancada do partido tomará na próxima semana uma série de novas ações judiciais – entre elas uma notícia-crime (o conhecimento de autoria de um fato criminoso) no Supremo Tribunal Federal – contra procuradores da Operação Lava Jato. A decisão decorre de nova reportagem da série Vaza Jato, publicada pelo portal UOL a partir de documentos recebidos anonimamente pelo The Intercept Brasil.

A reportagem desta sexta-feira mostra que, entre 2015 e 2017, a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, comandada pelo procurador Deltan Dallagnol, utilizou sistematicamente contatos informais – e ilegais – com autoridades da Suíça e de Mônaco para obter provas ilícitas com o objetivo de prender alvos considerados prioritários – executivos de empreiteiras que cumpriam prisão preventiva, muitos deles vieram a se tornar delatores.

Organização criminosa de Curitiba

Segundo Pimenta, além da Suíça, os procuradores, com o amparo do então juiz Sérgio Moro, atuaram de maneira ilegal também com integrantes do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Um dos objetivos das ações judiciais a serem protocoladas na próxima semana, explicou o líder, é impedir que Dallagnol e outros procuradores apaguem de seus computadores provas dos crimes cometidos, como e-mails e mensagens trocadas com seus colegas da Suíça e dos EUA. “São medidas cautelares para impedir que essa organização criminosa que atua em Curitiba destrua provas e manipule testemunhas, e Dallagnol precisa ser afastado do cargo”, destacou o líder do PT.

Janot armado no STF

“Se o então chefe deles, o procurador-geral Rodrigo Janot, anunciou que entrou no STF armado com a intenção de matar o ministro Gilmar Mendes, por conta de investigações de sua filha por denúncia de envolvimento com o Departamento de Justiça dos EUA e empresas beneficiadas pela Lava Jato, como Dallagnol e outros procuradores estariam preocupados em proteger a vida de alguém?”, indagou Pimenta.

A reportagem do UOL/The Intercept, na opinião de Pimenta confirma que Moro e os procuradores da Lava Jato atuaram no Brasil como “representantes de interesses dos EUA e de petroleiras estrangeiras de olho nas imensas jazidas de petróleo do pré-sal, além de ter um projeto político que levou à eleição de Jair Bolsonaro e à nomeação do ex-juiz ao cargo de ministro da Justiça.

Além disso, os integrantes da Lava Jato tinham um projeto de enriquecimento pessoal, com um fundo de R$ 2,5 bilhões que seria gerido por eles, resultado de acordo feito com os EUA depois de prejudicarem a Petrobras. O Fundo, com recursos originados dos cofres da Petrobras, foi suspenso pelo STF.

Traição nacional

As denúncias da Vaza Jato têm confirmado todas as denúncias feitas por Paulo Pimenta e a Bancada do PT há tempos: os procuradores da Lava Jato atuaram fora do Brasil contra os interesses da Petrobras, em especial nos EUA e em  parceria com escritórios de advocacia. “Enfim, tiveram o papel de traidores da pátria, fazendo com que o MPF fosse uma espécie de assistente da acusação contra a Petrobras nos EUA”, disse o líder do PT. “Por isso têm que responder pele crime de traição à pátria”.

A ação da Lava Jato foi tão criminosa que os procuradores de Curitiba começaram a investigar o ex-presidente Lula e sua família antes mesmo de haver qualquer denúncia contra ele. “Isso é crime, um verdadeiro Estado policial apropriado por um projeto de poder”, comentou Pimenta. Os procuradores chegaram a pedir aos EUA a investigação de Lula, sem mesmo haver qualquer acusação contra ele.

Conforme a matéria do UOL/The Intercept, mesmo alertados sobre a violação das regras, os procuradores da força-tarefa tiveram acesso a provas ilegais sobre vários dos mais importantes delatores da operação —como os então diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque, o então presidente da Transpetro, Sérgio Machado, além de executivos da Odebrecht, entre eles o ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht.  Informações obtidas por fora do canal oficial estabelecido em acordos de cooperação internacional de investigação constituem provas ilegais, podendo levar à anulação de processos.

Assista ao vídeo com declaração de Paulo Pimenta sobre Lava Jato, Janot, Gilmar Mendes e as últimas revelações da Vaza Jato:

 

 

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