O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), explicou nesta quarta-feira (11) que o partido vai lutar para compor a Mesa Diretora da Casa e detalhou que assumir essa postura não significa ocupar um espaço por mera disputa de cargos, mas acima de tudo por um respeito à democracia e à escolha dos eleitores. “Milhares de pessoas votaram no PT e deram ao partido a segunda maior bancada da Casa”, observou o líder.
Zarattini disse que, assim como houve a exigência pelo respeito ao voto com relação à presidenta Dilma, o PT pedirá respeito ao voto na Câmara. “Essa exigência é uma exigência institucional”, reforçou. Para isso, segundo o líder, a bancada vai promover esse debate “de forma leal”, discutindo com todos os candidatos a presidente e com todos os partidos.
O líder petista afirma que a presença do PT na Mesa é também uma garantia de que o poder decisório no Parlamento pertence aos trabalhadores. É a forma que a bancada tem para combater de maneira mais direta os ataques do governo golpista de Michel Temer. Abrir mão disso é abdicar de instrumentos que sirvam de resistência a pautas como a reforma da Previdência e a reforma trabalhista, deixando que os rumos destes temas fiquem totalmente à mercê da vontade do Planalto e de seus aliados.
“A afirmação da presença do PT na Mesa da Câmara, no espaço que nos cabe – a segunda escolha – é importantíssima para a gente fazer valer a democracia. Temos que lutar para reestabelecer a democracia aqui na Casa, para dar um fim àqueles métodos que foram impostos por Eduardo Cunha, que não respeitava o regimento, que pisoteava a democracia”, defendeu o parlamentar.
Por fim, o líder defendeu que uma composição democrática da Mesa será importante, inclusive, para fazer prosperar no Parlamento investigações necessárias ao País, como a do sistema carcerário brasileiro, que expôs sua falência com os massacres ocorridos recentemente em Manaus e Roraima.
“É necessário democracia na Casa. O PT não pode abrir mão disso. Vamos lutar para que o nosso espaço, para que a democracia seja respeitada”, finalizou.
PT na Câmara