Entre as 35 siglas registradas no Brasil, o Partido dos Trabalhadores foi o que mais cresceu em número de filiados entre 2005 e 2016. De acordo com os dados do TSE, foram 532.436 novos filiados nesse período, já descontados os que se desfiliaram.
Pelos números do tribunal, em 2005 eram 1.054.671 filiados ao partido, e hoje são 1.587.107 filiados em todo o país. Em números percentuais, o PT aumento seu quadro em 50%, ou seja, quase dobrou de tamanho.
Para se ter uma base de comparação, o segundo partido que mais cresceu foi o PRB, com apenas 383.874 mil novos filiados no período, e o PMDB, com 357.878 novos filiados.
Ao se levar em consideração a base de dados do PT, que é mais atualizada e é a que conta para efeitos de participação nos PEDs e demais votações do partido, o crescimento é ainda mais expressivo: foram 855.079 novos filiados no mesmo período de 2005 a 2016, um crescimento de 94%.
A base interna do PT é a que conta para o VI Congresso partidário em 7, 8 e 9 de abril. Segundo ela, hoje o Partido dos Trabalhadores já tem 1.764.484, no número apurado na tarde de 28 de novembro.
Na home do site do PT há um contador do número de filiados em tempo real.
Para o secretário de Organização Nacional do PT, Florisvaldo Souza, o crescimento do partido está ligado, especialmente, à importância histórica do PT para o Brasil. “Ele atrai as pessoas porque tem um programa, tem lado na história, que é o lado dos trabalhadores. É um partido voltado para a questão social, para a democracia”.
Segundo o secretário, “isso coloca o PT como um partido preferido e procurado pelas pessoas que acreditam em uma mudança na sociedade, na democracia. Por isso um crescimento”.
“Isso também é explicado pela estrutura. É um partido democrático, que permite a todos participarem, desde o militante de base, que pode dar opinião, participar, ser candidato. Todo filiado debate, desde a questão local, da sua moradia, seu trabalho, até as questões nacionais”, acrescentou Florisvaldo.
Prova que o PT continua sendo um importante referencial para muitos setores da população é o fato de que mesmo após 2014, quando se acirrou a perseguição midiática e a seletividade do judiciário contra o partido, o índice de filiações continuou superando o de desfiliações. Para cada pessoa que deixou o partido, pelo menos 2 entraram.
Partidos como o PMDB, o PSDB ou o PP, que estão entre as maiores siglas do país, tiveram um crescimento bem menos expressivo no mesmo período, de 18%, 31% e 13%, respectivamente, segundo dados disponibilizados pelo TSE.
Nesta semana começa ainda a filiação online, o que deixará muito mais simplificado o processo de adesão ao Partido dos Trabalhadores.
Portal do PT