PT fará resistência às maldades que Bolsonaro provocará na saúde pública, asseguram petistas

As Bancadas do PT na Câmara e no Senado, a Fundação Perseu Abramo, o Instituto Lula e a Direção Nacional do PT realizaram nesta quarta-feira (20), reunião de criação do Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas para a área de saúde. O evento dá sequência à estratégia partidária de monitoramento das políticas que serão implementadas pelo governo Bolsonaro, nas áreas de saúde, educação, trabalho, segurança pública, entre outros. Os deputados petistas Alexandre Padilha (SP) e Jorge Solla (BA) participaram da atividade.

O evento faz parte das ações que subsidiarão o Observatório da Democracia, lançado recentemente pelo PT, PCdoB, PDT, PSB, PSOL e Pros. A partir das análises e avaliações produzidas por um corpo técnico especializado, as entidades deverão apresentar diagnósticos sobre o impacto que cada medida adotada pelo novo governo pode causar na vida do povo brasileiro.

“O PT está usando todos os instrumentos para sermos o olho, o ouvido permanente de cada sofrimento que o povo brasileiro está tendo com as medidas na área da saúde do governo Bolsonaro”, anunciou Alexandre Padilha.

O deputado Alexandre Padilha acredita que a partir das ações desse Núcleo, diversos diagnósticos sobre a saúde serão produzidos e servirão de subsídios para as intervenções das entidades, das organizações, do parlamento, nos vários espaços de atuação.

Padilha ressaltou que o PT estará atento às ações governamentais e citou como medidas cruéis adotadas pelo governo Bolsonaro, a redução de recursos para programas sociais e a nova proposta de reforma previdenciária. “Vamos nos atentar para as medidas diretas, como por exemplo, a redução de recursos, sendo que teremos R$ 1,7 bilhões a menos este ano para compra de medicamentos pelo SUS ou para os efeitos indiretos que essa proposta cruel da mudança da Previdência vai causar”, alertou.

Padilha fez questão de frisar que essa “é uma proposta que de um lado protege os sonegadores, os militares e penaliza as mulheres, os trabalhadores rurais, os mais pobres que não conseguirão se aposentar, gerando impacto direto na saúde, porque reduz a renda do idoso, reduz a capacidade deles se cuidarem”.

 

SUS

Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde do Governo Dilma Rousseff, lembrou que as ações do novo governo em relação à saúde, visa não apenas destruir o legado do PT para esse setor, mas, também, destruir o discurso petista em relação ao projeto de Sistema Único de Saúde. “Tem um conjunto de medidas do governo Bolsonaro que afeta fortemente o SUS. Tem algumas delas que, mais do que afetar o Sistema, tentam destruir o que nós fizemos pelo Sistema Único de Saúde”, observou.

 

Mais Médicos

Para o ex-ministro, o Programa Mais Médicos e a questão da saúde mental – dois pontos atacados no início do governo Bolsonaro – requerem o máximo de concentração de todos.  “Eles, mais do que destruir o projeto de SUS, querem destruir o que os governos Lula e Dilma fizeram e impactaram fortemente no Sistema Único de Saúde. Não é só uma medida, é a construção de uma certa narrativa sobre o que foi nossa política sobre saúde mental, sobre o que foi o Mais Médicos. Então, acho que devemos ter uma máxima concentração sobre isso”, recomendou.

 

Núcleo

O deputado Jorge Solla reforçou a importância de o Partido se preparar para as propostas que o governo Bolsonaro poderá encaminhar ao Congresso Nacional para a área da saúde.

“O PT está organizando o Núcleo de Acompanhamento Político de Políticas Públicas que tem como coordenador-geral nosso companheiro Fernando Haddad e conta com o apoio de outras entidades. Na área da saúde, estamos fazendo uma articulação junto com a bancada federal, com assessorias que atuam nessa área -, com vistas a qualificar a atuação do partido no acompanhamento das políticas na área da saúde”, destacou Solla.

Além de os parlamentares petistas, participaram da reunião, o ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, a ex-secretária executiva do Ministério da Saúde Ana Paula Soter, e o dirigente nacional do PT Renato Simões.

Benildes Rodrigues

 

 

 

 

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