O PT entrou, neste sábado (29), com uma notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL) após ela ter sacado uma arma para perseguir e ameaçar um homem negro, o jornalista Luan Araújo, em São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições.
No documento endereçado à presidente do STF, a ministra Rosa Weber, o partido pede que “cautelarmente, seja determinada imediata apreensão das armas e munições da parlamentar, bem como suspensa qualquer modalidade de autorização de posse ou porte de armas ou para compra de munição.” A legislação eleitoral proíbe a posse de armas durante as 48 horas de realização de turno eleitoral.
O documento é assinado pela presidenta do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), os líderes do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), e da Minoria, Alencar Santana Braga (PT-SP), o líder da Oposição no Congresso, Afonso Florence (PT-BA), e todos os outros integrantes da bancada na Câmara.
Na ação, também é requerido que as pessoas que acompanhavam a parlamentar e não possuem foro privilegiado sejam investigadas. A petição do PT também destaca que deve ser apurado se Carla Zambelli cometeu crime racial – ao humilhar e perseguir um homem negro – e crime eleitoral por portar uma arma em período que é vetado pela legislação eleitoral. As cenas bizarras da deputada com arma não mão viralizaram na internet.
Além disso, a notícia-crime também destaca o fato de Carla Zambelli ser uma figura pública e o fato de que sua conduta pode influenciar os seus apoiadores e que, portanto, as medidas legais contra a parlamentar devem ser tomadas em tempo ágil.
A ação do PT também determina que a Polícia Militar de São Paulo preste esclarecimentos sobre o caso e explique por que a deputada Carla Zambelli e seus amigos não tiveram prisão em flagrante decretada, visto que se trata de crime eleitoral.
LEIA A INTEGRA DA PETIÇÃO:
Notitia criminis zambelli PDF 301022
Redação PT na Câmara