Na tribuna da Câmara, deputados do Partido dos Trabalhadores denunciaram a perseguição política que os movimentos sociais do campo, em especial o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), têm sofrido. O deputado João Daniel (PT-SE),como coordenador do Núcleo Agrário da bancada federal do Partido dos Trabalhadores, manifestou solidariedade aos movimentos e lamentou o absurdo que tem ocorrido em alguns Estados. Em especial, ele citou o caso de Goiás, onde ocorreram duas prisões, que ele classificou como arbitrárias.
O deputado registrou a prisão da liderança da Via Campesina e do MST naquele Estado, Luiz Batista Borges, preso desde 14 de abril, na cidade de Rio Verde e, nesta semana, foi preso no Rio Grande do Sul, um dos grandes e sérios dirigentes e militantes da reforma agrária, José Valdir Misnerovicz. “Essas prisões representam perseguição e deixam indignados trabalhadoras e trabalhadores do campo. Nós esperamos que o Judiciário de Goiás possa revê-las”, apelou o parlamentar.
João Daniel se solidarizou com os dois companheiros presos. Nesta quinta-feira o parlamentar está em Goiás visitando Luiz Borges e Valdir Misnerovicz e participando de uma audiência. Em seu pronunciamento, o deputado revelou que há denúncias de que essas prisões são perseguição aos movimentos sociais e foram uma armação, com envolvimento de um senador do Democratas e setores da Secretaria de Segurança Pública daquele estado, com influência do latifúndio e grilagem de terra.
“Não podemos aceitar injustiça em qualquer parte do mundo, muito menos em nosso país e com trabalhadores e trabalhadoras rurais. E que o Judiciário faça justiça e possa liberar esses dois companheiros”, completou o deputado João Daniel.
O deputado Paulão (PT-AL) prestou solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra pela “prisão arbitrária articulada pelo Senador Caiado, em Goiás” .
Segundo ele, “essa prisão é uma prova de um movimento desse Governo que tenta criminalizar, ou melhor, que já está criminalizando os movimentos sociais, principalmente os movimentos agrários”.
Para o deputado Nilto Tatto (PT-SP) o que acontece é uma tentativa de criminalização dos movimentos sociais, particularmente do MST. “E quero dizer aqui que nós não vamos aceitar isso. Vamos acompanhar e vamos continuar denunciando”, disse.
PT na Câmara