A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), mais os líderes do partido na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e no Senado, Humberto Costa (PE), protocolaram nesta sexta-feira (26), na Procuradoria-Geral da República, uma ação de “Notícia de crime” contra o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro. No documento, o partido alega que Moro cometeu diversos crimes ao acessar inquérito que corre sob sigilo na Polícia Federal, informando alvos de hackeamento que eles tiveram os celulares invadidos, o que comprova que ele teve acesso à investigação, mesmo sem ser parte no caso.
“Inicialmente, cumpre destacar o espantoso fato de o Ministro da Justiça ter acesso a dados de uma investigação sigilosa recém- instaurada pela Polícia Federal”, aponta um trecho da petição. Além disso, os três parlamentares destacam que Moro afirmou ao presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Otávio Noronha, que destruiria diálogos apreendidos com hackers. O PT pede, no documento enviado à PGR, a prisão de Sérgio Moro e o afastamento do cargo público. A atitude de Moro configura crime de obstrução judicial.
Abuso
Na petição,os parlamentares argumentam que Moro agiu em flagrante abuso de autoridade nos termos da Lei 4.898/65. “Telefonou pessoalmente a autoridades para informar dos “hackears” e dizer que elementos de provas seriam destruídos”, explicou a presidenta do PT por sua conta no twitter. Na opinião de Gleisi Hoffmann, o juiz que atuou em conluio com a operação Lava Jato para incriminar o ex-presidente Lula agora, enquanto ministro da Justiça, quer destruir as provas de sua conduta ilegal. “Destruição de provas é crime, Moro, é obstrução de justiça. O que você quer esconder?”, questionou a deputada.
Leia a íntegra da representação na PGR: